Por: Ivan Cadore*
Empresários de Palhoça e região estão fazendo tudo o que está ao seu alcance para superar esta fase, que transformou o mundo a partir de março.
A Covid-19 se destaca, entre outras infecções de impacto global, por apresentar uma taxa de mortalidade relativamente baixa, mas com potencial de transmissão expressivo. Nessa situação, não há dúvidas de que o foco deve estar na saúde das pessoas e nas medidas de contenção do vírus. Milhares de vidas estão em jogo e a conduta de cada cidadão influencia diretamente a segurança de toda a nação.
Governos e entidades assumem a liderança no monitoramento da doença e na definição de protocolos de atuação, mas é também responsabilidade das empresas contribuir com medidas de prevenção, controle e informação. Todas estas mudanças já refletem no mercado.
A pesquisa “O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae, mostrou que, além da dificuldade de acesso a crédito, os pequenos negócios já tiveram que realizar as primeiras demissões por conta da crise. O levantamento, que ouviu 6.080 empreendedores de todo o país, aponta que cerca de 40% dos empresários demitiram funcionários.
A situação financeira das empresas já não era considerada boa pela maioria dos pequenos negócios (73% disseram que era razoável ou ruim), mesmo antes da chegada da pandemia. Com a crise, a questão se agravou drasticamente. Quase 88% das empresas viram seu faturamento cair (a perda foi de 75%, em média) e a estimativa é a de que as empresas consigam permanecer fechadas e ainda assim ter dinheiro para pagar as contas por mais 23 dias (expectativa média dos entrevistados).
Os números econômicos caíram, mas é digno de registro que as empresas têm se preocupado, acima de tudo, com a saúde da população e a segurança da sociedade. É fundamental que os empregadores compreendam que as medidas de controle adotadas por governos não afetarão os indivíduos de maneira isolada. Todas as pessoas ao seu redor podem ser atingidas direta ou indiretamente por qualquer orientação anunciada.
Existem estimativas de que a pandemia custará mais de US$ 2,7 trilhões à economia global, o que gera forte receio em vários países, principalmente entre aqueles que já se encontravam em uma situação econômica fragilizada.
Trabalhadores temem a garantia dos seus empregos, empresários temem ser obrigados a fechar as suas portas, autônomos temem não serem capazes de sustentar o seu negócio. Mas, acima de tudo isso, indivíduos em todo o planeta temem pela saúde própria, de familiares e amigos.
Redução de times e horas trabalhadas, aumento do rigor na higienização do ambiente de trabalho, adoção de home office, criação de canais de informação e disponibilização gratuita de serviços de comunicação são algumas das medidas tomadas por muitas empresas diante da expansão do coronavírus pelo mundo.
* Advogado, presidente da Acip
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