Texto: Isonyane Iris
Mais uma vez, a Faculdade Municipal de Palhoça (FMP) dá as boas-vindas aos calouros de uma forma muito especial: por meio do Trote Solidário. O objetivo principal dessa ação é manter a prática do trote, mas de uma maneira respeitosa e consciente. Este ano, além dos calouros, todas as turmas estão mobilizadas a arrecadar a maior quantidade possível de alimentos não perecíveis.
A iniciativa faz parte do plano de ação elaborado pela instituição, tendo em vista o Pacto Universitário pela Educação em Direitos Humanos. "Nosso objetivo é incentivar o desenvolvimento de uma cultura solidária entre os acadêmicos, e por consequência, ajudar quem precisa. Afinal, a sensação de ajudar a quem precisa é inigualável", explica Mirian Branco, professora da FMP e coordenadora do Pacto Universitário pela Educação em Direitos Humanos.
Arrecadação de alimentos como tarefa para os calouros já aconteceu em outras ocasiões, mas o diferencial neste ano é que o trote solidário da FMP abraçou todas as turmas. "Adorei a ideia de pedir a colaboração de todas as turmas, afinal, é por uma boa causa e é importante que todos participem", elogia a aluna Fernanda Alves.
O Trote Solidário começou no dia 20 de março e segue até a próxima semana, dia 27 de abril. Todos os alimentos arrecadados serão divididos entre a comunidade da Aldeia Indígena Guarani do Morro dos Cavalos e uma instituição que abriga idosos no município de Palhoça. "Achei muito importante a ideia do trote solidário, com certeza é muito melhor que o trote convencional. Gostei também das beneficiadas, achei muito legal pegar um lar de idosos e uma comunidade indígena", destaca a caloura Ana Carolina dos Santos.
Sobre a participação dos alunos, a professora Miriam afirma que todos estão colaborando e até surpreendendo com as doações: "Os acadêmicos estão sendo muito receptivos com a ideia, em alguns casos as doações demonstram a iniciativa de nossos alunos que também estão doando, além dos alimentos, fraldas geriátricas. Acreditamos que isso seja por entenderem, de forma espontânea, que essa é uma grande necessidade de qualquer instituição que abriga idosos, como a que vamos doar".
Sem poupar elogios aos alunos, a professora fala sobre o quanto os acadêmicos são especiais e sempre dispostos a ajudar quando solicitados. "Enquanto professora dessa instituição, acredito que o contato com a comunidade e suas demandas favorece não apenas o aprendizado em sala de aula, mas nos ajuda a formar profissionais melhores, mais conscientes do seu papel social, e por consequência, mais responsáveis pela sua formação", finaliza a professora Miriam, destacando o quanto está feliz pelos resultados que a campanha vem alcançando.