A palhocense Tainá Hinckel chegou à semifinal do Mundial Pro Junior da World Surf League, encerrado nesta terça-feira (9), na Austrália. A surfista da Guarda do Embaú perdeu apenas para a campeã da etapa, a taitiana Vahine Fierro.
Com apenas 14 anos de idade, Tainá já foi campeã sul-americana desta categoria para surfistas com até 18 anos em 2016 e vice-campeã em 2017. Ela representou a América do Sul pela segunda vez em Kiama.
No ano passado, não tinha vencido nenhuma bateria, mas já quebrou o tabu contra a japonesa Shino Matsuda, na disputa pela última vaga para a terceira fase no duelo que fechou o dia na Austrália. As condições do mar estavam difíceis, com poucas ondas boas, mas ela começou bem numa esquerda que abriu a parede para fazer três manobras de backside (de costas para a onda) e ganhar nota 6,5. Com ela, liderou todo o confronto, e quando a japonesa surfou sua melhor onda, que valeu 5,10, Tainá respondeu com 5,43 para confirmar sua primeira vitória em baterias do Mundial Pro Junior da WSL por 11,93 a 9,27 pontos. "Estou feliz por ter passado a bateria, mas foi muito difícil, está quase sem ondas agora", exclamou Tainá após a bateria. "Eu tinha conversado com meu pai, que tinha que pegar duas ondas pelo menos regulares. A minha primeira foi boa, 6,5, ainda peguei outra de 5 e pouco e depois parou de vir onda até o final da bateria, então estou feliz por ter vencido", refletiu.
Depois de dias de espera por melhores condições no mar, Tainá voltou a cair na água para a terceira rodada, uma bateria com três competidoras, que definiria duas classificadas para as quartas de final. A palhocense competiu com a própria Vahine Fierro e com a portuguesa Teresa Bonvalot. A taitiana saiu em primeiro, com somatória 13,50, e Tainá ficou e segundo, com 12,17.
Nas quartas de final, a surfista da Guarda do Embaú teve uma verdadeira pedreira pela frente, a então campeã mundial Macy Callaghan, que surfava em casa, e venceu a bateria com 9,93 pontos, contra 9,60 da australiana.
Na semifinal, Tainá enfrentou novamente a taitiana, que venceu com 11,67 contra 9 da brasileira e avançou rumo ao título mundial. "Chegar na semis foi muito bom! O campeonato foi irado e eu tô muito feliz com meu desempenho. Não tem muito o que falar, realmente foi difícil vencer várias meninas boas, mas isso me deu muita confiança", observou a palhocense após a competição