Quanto vale uma onda? Para tentar responder esta complexa pergunta, a nona Reserva Mundial de Surfe (RMS) Guarda do Embaú começou no dia 1º o trabalho de campo da pesquisa denominada "Surfonomics", que é mais uma ação do planejamento estratégico realizado em julho de 2017 pelo Comitê Gestor Local da RMS.
A pesquisa tem como objetivo estimar o valor econômico que as ondas e o turismo de surfe proporcionam para a economia local da Guarda do Embaú. O resultado vai fornecer informações críticas para a tomada de decisões voltadas para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da localidade.
Com suporte da Save The Waves Coalition (STW), entidade internacional que criou o programa das Reservas Mundiais de Surfe e idealizou a pesquisa, foram agregadas outras duas instituições educacionais do estado para a execução do projeto: a metodologia e a operacionalização estão sob orientação do professor Marcos Bosquetti, da UFSC, que criou o grupo de pesquisa "Surf e Sustentabilidade/Surf and Sutainability Research Group (Sands)"; e pelo professor Marcos Sousa, mestre em Turismo, representando a Faculdade Municipal de Palhoça (FMP), que está disponibilizando acadêmicos do curso de Gestão em Turismo para atuar como pesquisadores. A pesquisa está sendo realizada na Guarda nos meses de fevereiro, março, abril e julho e foi dividida em três segmentos: surfistas, escolas de surfe e pousadas.
Para o presidente do Comitê Executivo Local da RMS, Marcos Aurélio Gungel (Kito), a pesquisa poderá responder, por exemplo, qual o valor estimado da onda da Guarda do Embaú: "Esta etapa do nosso planejamento é muito importante, pois vai nos dizer qual o impacto econômico e social do turismo agregado ao surf na localidade, por isso, a pesquisa se dará em quatro semanas em distintos meses".