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Segurança em debate

Depois de uma reunião na Casa Civil de Santa Catarina, empresários discutem, na CDL, a questão da criminalidade

5bd66dc3a219b615474b3e0c96a7c015.JPG Foto: NORBERTO MACHADO

A classe empresarial do Centro de Palhoça segue mobilizada em busca de mais segurança para o comércio local. Uma comissão de empresários que lideram o movimento foi recebida pelo coordenador da Central de Atendimento aos Municípios (CAM) da Casa Civil de Santa Catarina, Gabriel Arthur Loeff, na última segunda-feira (17). E na noite desta quarta-feira (19), os empresários se reuniram com a direção da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), onde apresentaram novamente suas preocupações.

No encontro na Casa Civil, segundo os empresários, o coordenador foi muito receptivo e ouviu atentamente as reivindicações do grupo. Ele recebeu um abaixo-assinado, acompanhado de um ofício onde foram listados os pontos mais sensíveis da pauta de discussões, que afetam diretamente a segurança do município. Gabriel Arthur Loeff prometeu repassar as demandas aos responsáveis pela pasta de segurança no governo do estado.

Dois dias depois da reunião na Casa Civil, os empresários voltaram a se reunir para um debate público organizado pela CDL de Palhoça, na sede da entidade, também no Centro, na noite desta quarta-feira (19). O debate teve o objetivo de buscar soluções para o grave problema de segurança pública por que passa o município. Além da classe empresarial, entre outras autoridades, a reunião contou com a presença do vice-prefeito de Palhoça, Amaro Junior; do comandante do 16º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento em Palhoça, o tenente-coronel Rodrigo Dutra; do comandante da 11ª região da PM, coronel Áureo Sandro Cardoso; e do comandante geral da PM em SC, coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes.


Medidas em andamento

Mesmo após a mobilização inicial da Polícia Militar, aumentando a presença de policiais nas ruas, os registros de arrombamentos e furtos continuaram acontecendo. Segundo alguns lojistas, policiais estão visitando alguns comércios e perguntando sobre a incidência de ocorrências. Infelizmente, a resposta da maioria para a pergunta “já teve ocorrência de furto ou arrombamento na loja?” é sim. Os comerciantes também estão reunindo boletins de ocorrência para provar às autoridades que a realidade está muito longe de uma situação de segurança.

Outra medida proposta pelos comerciantes é a de conscientizar a população a não dar esmolas. Tudo para tentar reduzir a população de moradores de rua no município. Isso porque há a suspeita de que, entre moradores de rua com “ficha limpa”, existem, infiltrados, muitos criminosos.

O deputado estadual por Palhoça Nazareno Martins (PSB) também garantiu ter protocolado uma Indicação na Assembleia Legislativa solicitando ao governador Carlos Moisés (PSL) o aumento urgente do efetivo de policiais no 16º Batalhão, sediado em Palhoça. A proposta foi aprovada pelos colegas de Legislativo. “Somos mais de 180 mil habitantes, e nossa Palhoça não pode ficar refém de bandidos, com roubos e assaltos”, argumentou o deputado.


Câmeras de monitoramento

A segurança pública, o combate ao crime contra a pessoa, a prevenção e controle de crimes contra o patrimônio são atividades de responsabilidade do governo do estado, mas o Executivo municipal também pode ajudar. Uma das propostas da Prefeitura de Palhoça para tentar reduzir a criminalidade em Palhoça é a ampliação do parque de câmeras de vigilância. Já foi lançado o edital para a contratação de um sistema de segurança e monitoramento, que de início deverá funcionar com 300 câmeras, não somente no Centro, mas nas principais ruas de todos os bairros do município.

O sistema, com equipamentos de última geração, será contratado após a conclusão de todo o processo legal de licitação pública. O secretário de Infraestrutura, Eduardo Freccia, informa que a instalação das câmeras e equipamentos complementares deve iniciar em 90 dias. As 300 câmeras estarão interligadas, com gravação em nuvem. As imagens serão analisadas em um Centro de Controle Operacional, instalado na Secretaria Municipal de Segurança Pública, e disponibilizadas também às polícias Militar e Civil. “Nós sabemos que os serviços de segurança são atribuições do estado, mas é responsabilidade de todos. Não podemos cruzar os braços e ficar esperando uma solução. Sou da opinião de que todos devemos dar uma contribuição para uma cidade mais organizada e segura”, afirmou o prefeito Camilo Martins (PSD). Camilo ressaltou: “É isso justamente o que estamos fazendo, contratando um sistema de segurança e monitoramento do trânsito, que vai ser compartilhado também com as polícias Civil e Militar. A Prefeitura de Palhoça está ajudando o estado na questão da segurança pública”.

Camilo Martins defende a tese de que “cidade monitorada, vigiada por centenas de câmeras de videomonitoramento, é cidade onde o trânsito flui com mais segurança e o cidadão pode sair de casa, inclusive à noite”. “O videomonitoramento vai reduzir consideravelmente a criminalidade na cidade”, avalia o prefeito.



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Créditos: NORBERTO MACHADO NORBERTO MACHADO
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