Campeão palhocense de 2019 com o Paissandu, o volante Rodrigo Thiesen foi eleito o melhor jogador do campeonato. Uma premiação comemorada pelo jogador, que vem de família do Aririú e teve uma carreira sólida no futebol profissional. Só não seguiu adiante porque uma lesão no púbis atrapalhou seus planos.
Aos 33 anos, Rodrigo estava prestes a assinar contrato com o Joinville este ano, depois de passagens importantes por Botafogo-SP e São Bento-SP, mas o laudo médico inviabilizou a assinatura do contrato. “Não estava conseguindo virar bola, só passe curto”, lamenta o jogador, que se machucou quando ainda defendia o Botafogo-SP.
No futebol amador, porém, longe da rotineira intensidade de treinamento do futebol profissional, as dores não incomodaram e Thiesen conseguiu comandar o meio de campo do time campeão municipal. “Achei um campeonato qualificado, para amador, tinha times bons. O nosso time era bem qualificado e muito equilibrado em todos os setores, tanto é que foi campeão”, avalia o volante, que pretende permanecer no clube no ano que vem.
E quem sabe, em 2020, levantar mais um troféu de “melhor jogador” do Palhocense. “Eu fico feliz por ter ganho essa premiação, mas principalmente pelo time ter ficado campeão, isso é o que mais importa. Mas isso aqui só demonstra a organização que tem o campeonato. A valorização, a visibilidade que isso traz para o campeonato de Palhoça é muito legal mesmo”, destaca o jogador, que começou a carreira nas categorias de base no Figueirense, depois de passar por escolinhas de futsal, como a da Astel, comandada pelo renomado treinador João Gualberto Mesquita. “Eu sempre quis jogar, lembro até hoje do dia em que eu pedi pro me pai me colocar numa escolinha. Não tinha um dia em que eu não estava com o pé na bola”, recorda Thiesen, que viveu grande fase no Avaí, em 2010.
Seu empresário, na época, não achava uma boa ideia optar pelo Leão da Ilha, que já tinha outros 10 volantes no elenco. Chegou com um contrato de seis meses, e com dois meses de trabalho, o contrato já foi estendido para três anos. “Eu tinha que fazer chover, porque o Avaí tinha 11 volantes naquela época. Escolhi certo, porque o time que meu empresário preferia acabou sendo rebaixado”, recorda o volante. “Foi ali que as coisas começaram a dar certo, estava em uma fase boa”, reflete.