Por: Willian Schütz*
Um barco pesqueiro está encalhado na Praia da Pinheira desde o dia 27 de setembro. Com o ocorrido, parte dos materiais que se encontravam na embarcação e até combustível ficaram espalhados pela orla. Segundo moradores, a Marinha esteve no local. Porém, a embarcação permanece abandonada e encalhada no mesmo lugar. Por isso, órgãos públicos e instituições de ambientalismo vêm aplicando punições aos responsáveis pelo barco.
“Acho que alguém tem que tomar alguma atitude para não poluir ainda mais nossa praia, pois o óleo já vazou na água”, opina uma moradora da comunidade da Pinheira.
A Fundação Cambirela do Meio Ambiente (FCam) se manifestou a respeito da situação envolvendo o vazamento. A FCam vistoriou o local onde a embarcação encalhou e constatou que, de fato, há óleo partindo das estruturas internas da embarcação.
Na vistoria, a fundação menciona o fato de a mancha estar se intensificando por conta da falta de controle da propagação do combustível ainda constante na embarcação, o que sinaliza para o risco emergente de contaminação ambiental da região. “Por conta do passivo ambiental produzido pela embarcação, a Fundação Cambirela do Meio Ambiente de Palhoça aplicou multa no valor de R$ 20 mil ao condutor, a ser revertida ao Fundo Municipal Ambiental, que comprometerá os recursos para recuperação do meio ambiente prejudicado com as más práticas”, pontua a FCam, em nota.
Há mais de duas semanas, a Marinha teria autorizado a retirada de todo o óleo. Tanto que registros de testemunhas constataram um procedimento de extração. Todavia, o problema não foi totalmente solucionado.
Além da FCam e da Marinha, também foram acionadas a Polícia Militar Ambiental (PMA), a Defesa Civil e a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca.
O responsável pela embarcação também foi notificado e autuado pela PMA, por descumprir medidas de segurança para impedir o vazamento. A penalidade ainda não foi divulgada.
Enquanto isso, com supervisão da Marinha, o responsável pelo barco deve providenciar os reparos necessários para que o mesmo seja levado ao Porto de Navegantes.
O ocorrido
A embarcação teria saído de Itajaí, com o objetivo de chegar ao Rio Grande do Sul, mas a forte ventania que ocorreu na tarde de 27 de setembro provocou perda do controle. Por isso, o barco teria saído do rumo e acabou encalhando. Além disso, a âncora quebrou e causou avarias no casco. Todos os seis tripulantes conseguiram deixar a embarcação, sem ferimentos.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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