As duas últimas eleições comprovaram o crescimento do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Palhoça. Em 2016, no pleito municipal, o partido garantiu quatro cadeiras na Câmara de Vereadores, e nas eleições gerais deste ano, elegeu o deputado estadual Nazareno Martins. Um desempenho que fortaleceu a sigla, rumo às urnas em 2020.
A articulação para esta revitalização do PSB palhocense começou ainda em 2015, com a chegada de nomes importantes, como o do então vereador pelo MDB Isnardo Brant, hoje secretário municipal da Fazenda e presidente da Executiva Municipal. “A gente começou a fazer um trabalho para melhorar a equipe, o grupo, e participarmos da eleição de 2016”, relembra Brant.
O trabalho de fortalecimento do partido foi tão bem feito que o PSB conseguiu eleger quatro vereadores: Joel Filipe Gaspar (Pakão), o quarto mais votado em Palhoça, com 2.050 votos; Rodrigo Quintino, o nono mais votado, com 1.881 votos; Maria Rosângela Pratis (Zana), eleita com 1.364 votos; e Luciano Pereira, com 1.304 votos. “Fizemos mais votos do que o próprio partido do prefeito, o PSD”, compara Brant. O desempenho dos “campeões de votos” do partido, duas caras novas da política local, surpreendeu positivamente. “Foram nomes que surpreenderam em relação à votação e estão firmes, ajudando o partido, ajudando o prefeito e ajudando a cidade, o que é mais importante”, diz Brant.
O desempenho é ainda mais notável quando comparado com outras cidades catarinenses: em 2016, o PSB elegeu 10 prefeitos, 11 vices e 95 vereadores; mas em nenhum outro município o partido conseguiu assegurar uma bancada com quatro vereadores na Câmara municipal, como aconteceu em Palhoça.
Com o partido fortalecido na Câmara e compondo o governo também no Executivo, era hora de pensar em um voo mais audacioso: o de colocar um representante palhocense na Assembleia Legislativa. O nome escolhido foi o de Nazareno Martins. Com o aval do filho, o prefeito de Palhoça, Camilo Martins, Nazareno abriu mão da liderança do PSD municipal para unir forças com o PSB.
A proposta da Executiva Estadual era ousada: fazer quatro deputados nas urnas em 2018 (dois a mais do que na legislatura atual). Mostrando a confiança no potencial de Palhoça, o próprio Brant e outro nome de prestígio, Alexandre Pagani, foram convidados para compor o grupo de lideranças estaduais que teriam a missão de alcançar a meta nestas eleições. “Eu faço parte da Estadual e nós sempre conversávamos lá que precisávamos fazer quatro deputados estaduais e um federal, porque a representatividade é tudo”, pondera Brant.
Missão dada, missão cumprida. Nazareno Martins acumulou 17.212 votos nas urnas palhocenses e somou outros 17.183 fora de Palhoça, totalizando 34.395 votos. Além de Nazareno, o partido também levou à Alesc o administrador Laércio Schuster e o empresário Bruno Souza - sem contar o apresentador Sergio Motta, da coligação com o PRB. Na Câmara dos Deputados, em Brasília, o PSB catarinense também garantiu uma cadeira, com o advogado Rodrigo Coelho, de Joinville.
Animado com o resultado nas urnas nas duas últimas eleições, o PSB palhocense segue trabalhando firme rumo à eleição municipal de 2020. “Quem sabe, em 2020, vamos fazer uma indicação para prefeito! Acho que todo partido, inicialmente, tem que lançar alguém. Se for um nome que agrade todo mundo, ótimo; senão, a gente coliga e indica um vice. Mas a intenção é manter esse grupo unido”, projeta o presidente da Executiva Municipal.
Até lá, a prioridade é valorizar o forte time eleitoral que o partido conseguiu agrupar em Palhoça. Uma das ações neste sentido é a de promover um rodízio de suplentes na Câmara de Vereadores, sacramentando a vocação do partido de dar voz aos novos nomes da política palhocense. Já assumiram uma cadeira na Casa, interinamente, 11 suplentes. “Começamos a fazer um trabalho em que a gente pudesse valorizar todos aqueles que participaram da eleição, para que todos pudessem ter uma oportunidade. Porque a gente entende que a eleição não é só dos quatro ganhadores, porque se não tivesse os demais para fazer a somatória geral, o Luciano não teria entrado, por exemplo, porque ele entrou na maior sobra. Mas teve sobra porque aquele grupo todo dos 22 ajudou a fazer a somatória”, reflete Brant.
E além de manter o atual grupo unido, a ideia da Executiva é fortalecer ainda mais o “time”, com a chegada de novos nomes para consolidar ainda mais os alicerces do partido. “Não queremos nenhum ‘Pelé’, queremos um time homogêneo, com todo mundo jogando junto e com chance nas urnas”, avalia Brant.
O presidente da Executiva Municipal também garantiu que o partido vai seguir valorizando não só as atuais lideranças, mas também quem sempre trabalhou para o fortalecimento do partido. Uma união de forças do presente e do passado, a caminho de um futuro ainda mais exitoso.