A região Sul de Palhoça – que reúne algumas das praias mais procuradas pelos turistas em Santa Catarina, com destaque para a Guarda do Embaú, Reserva Mundial do Surfe – já tem água tratada, anunciou o prefeito Camilo Martins, logo após o acionamento da primeira etapa do sistema de distribuição. Essa primeira fase da rede de distribuição beneficia um universo de mais de 40 mil pessoas.
O projeto total deverá abranger uma população de mais de 80 mil pessoas com água tratada, até a Praia do Sonho. Quem ainda não tem água potável nas torneiras deve solicitar a ligação à rede de abastecimento, junto à Samae, que tem um posto de atendimento na Pinheira, no antigo endereço da Secretaria do Sul (rua Aderbal Ramos da Silva, 506).
No dia em que a Estação de Tratamento de Água (ETA), em Morretes, passou a operar, o prefeito visitou a região e constatou que a água chegou aos pontos pré-definidos, beneficiando mais de 40 mil pessoas, nos balneários da Guarda do Embaú, Praia de Cima e Pinheira - até o “Hotel do Espanhol”. Segundo o prefeito, a liberação de água tratada para uma região que sempre dependeu de ponteiras é “um passo importante para o desenvolvimento sustentável da região Sul”.
A água utilizada pelos moradores e turistas nos balneários do Sul de Palhoça era considerada de péssima qualidade, caracterizada por um gosto “desagradável” e um cheiro “insuportável”, segundo depoimentos. As ponteiras, usadas para captar água, estão plantadas num lençol freático de qualidade duvidosa, por causa das instalações de fossas na mesma área. “Finalmente, agora, os habitantes da região Sul terão água de qualidade em suas casas, o que significa o atendimento de um pleito da população que data de décadas. Agora, sim, os moradores nativos e turistas que frequentam os balneários de Palhoça terão mais qualidade de vida”, comemorou Camilo.
O prefeito revelou que o projeto prevê uma nova adutora de água tratada, para atender as localidades regiões da praia do Mar Aberto, Ponta do Papagaio, Praia do Sonho e Passagem do Maciambu. Segundo o presidente da Samae, Sérgio Matiola, “a partir da implantação do segundo módulo de floculação, decantação e filtração, o sistema de abastecimento terá o dobro da capacidade de produção, chegando a 170 litros por segundo, o que representa o atendimento a uma população de 80 mil habitantes”.
Como funciona
Adutora
Construída para atender a primeira etapa, a adutora de água tratada tem uma extensão de aproximadamente seis quilômetros de rede, com diâmetro de 300mm em tubos de PVC. Essa tubulação faz a ligação entre a ETA e o reservatório.
A adutora de água bruta tem uma extensão total de aproximadamente 15 quilômetros, em diâmetro 500mm, sendo 2,5 quilômetros em ferro fundido e 12,5 quilômetros em tubos PVC. Essa é a distância entre a barragem e a ETA.
ETA
Tecnicamente, a ETA compreende as unidades de “floculação" (etapa na estação de tratamento de águas em que, após adicionar os coagulantes por meio químico, as partículas em suspensão tornam-se pequenos flocos, decantando em seguida), decantação, filtração, tanque de contato, reservatório pulmão, tratamento de lodo, casa de química e edificação de apoio operacional (escritório, laboratório, entre outros).
A ETA foi construída na localidade de Morretes e facilita a distribuição de água tratada para mais de 40 mil habitantes.
Mas, antes da ETA, o projeto também compreende a “barragem de nível” e a “adutora de água bruta”. A barragem de nível está construída no rio Cachoeira do Sul, um afluente do Rio da Madre.