O jornal Palavra Palhocense conversou com a deputada estadual Dirce Heiderscheidt (MDB), uma das personalidades políticas que representam Palhoça na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Dirce falou sobre seu retorno à Alesc, sobre o enfrentamento à pandemia de Covid-19 e sobre o Dia Internacional da Mulher.
Jornal Palavra Palhocense - A senhora voltou a assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa há alguns dias. Qual o desafio desta vez, diante de um quadro tão sério no estado em termos de saúde e economia?
Dirce Heiderscheidt - O foco principal, logicamente, é o combate à pandemia. E para isso, precisamos ampliar a vacinação. A Assembleia Legislativa tem assumido um papel importante nesse processo. Além disso, já devemos pensar no futuro, na recuperação das perdas econômicas e dos empregos. Sou membro de comissões permanentes que terão um papel fundamental nisso. Uma delas, a de Turismo, vai precisar analisar projetos e propor ações que ajudem na retomada econômica de um dos setores mais importantes de Santa Catarina e que é um dos mais afetados.
JPP - A senhora representa vários municípios na Alesc, mas sabemos de seu carinho por Palhoça. Como é encarar essa responsabilidade? Qual prioridade na Alesc com relação a Palhoça?
Dirce Heiderscheidt - Sim. Palhoça é minha casa. Da mesma forma que fizemos nos outros dois mandatos, vamos ajudar o município, encaminhando emendas para áreas que são sensíveis à população. Saúde, com certeza, será uma prioridade. Destinaremos recursos para aquisição de materiais e reformas de unidades de atendimento. A educação também terá uma atenção especial do nosso gabinete. Assim como as instituições que realizam um trabalho social importante com crianças, idosos e pessoas com deficiência.
JPP - Comemoramos, na semana que vem, o Dia Internacional da Mulher. Como a mulher catarinense é representada em nosso parlamento estadual? A senhora ainda enfrenta preconceitos no setor político?
Dirce Heiderscheidt - Hoje, a Assembleia Legislativa tem a maior bancada feminina da história, são seis deputadas na Casa. Com certeza, representamos a pluralidade das mulheres catarinenses. Mas é preciso avançar mais. O preconceito ainda existe. Nesta última eleição, vimos episódios muito tristes e revoltantes de mulheres que foram vítimas de assédio durante a campanha eleitoral. Não podemos aceitar mais isso. Ainda assim, conquistamos mais espaços. O MDB, que é o partido com mais mulheres na Alesc, aumentou em quase 50% o número de prefeitas eleitas e cresceu também na quantidade de vice-prefeitas e vereadoras eleitas. É assim: participando e ocupando espaços que vamos quebrar os preconceitos e conquistar mais representatividade em todos os setores da sociedade.
JPP - Pela primeira vez na história, Palhoça tem dois representantes na Alesc – a senhora e o deputado Nazareno Martins. Como é o relacionamento dessa chamada “bancada palhocense”?
Dirce Heiderscheidt - A sintonia e o diálogo sempre são importantes para o bem da população. Cada um, claro, dentro de seu espaço político. Para Palhoça, ter dois representantes no Parlamento é muito importante. Tenho certeza de que quando for para o bem do município, estaremos juntos, defendendo os interesses dos nossos cidadãos e cidadãs. É isso que realmente importa.
JPP - O MDB compôs a coligação que elegeu Eduardo Freccia. Qual a leitura política que a senhor faz do início do mandato do prefeito palhocense?
Dirce Heiderscheidt - O Eduardo tem experiência, ele começou a vida pública no mandato do prefeito Ronério Heiderscheidt, em 2005. Avalio de forma positiva e conforme já conversei com ele, terá todo nosso apoio no Parlamento.
JPP - A senhora poderia deixar uma mensagem para nossos leitores, especialmente às mulheres palhocenses?
Dirce Heiderscheidt - Primeiro, quero pedir que todos se cuidem e respeitem as medidas de prevenção. Tenho fé de que vamos vencer esse momento logo, mas precisamos colocar em prática a solidariedade e a empatia. Reforço também que agora todos os palhocenses têm uma aliada no parlamento catarinense, que trabalhará pelo desenvolvimento de Palhoça com um olhar atento pelas nossas famílias, nossas crianças e idosos. Às mulheres, eu desejo que este mês, dedicado a nós, resulte em lições e conquistas para todos os outros dias do ano. Mais respeito e oportunidades.
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