Atualizada em 29/06, às 19h25
Por: Sofia Mayer*
A construção de uma via no Centro de Palhoça, que vai "cortar" a Praça das Bandeiras, mal começou e já está repercutindo entre os moradores das proximidades. Segundo os munícipes, a nova rua, que será uma saída da marginal da BR-101, deve colocar em risco a segurança da comunidade, sobretudo das crianças, já que a via vai acabar provocando uma separação entre a praça e uma quadra de esportes anexa. A Prefeitura afirma que as obras são resultado de solicitações de munícipes, e buscam melhorar o trânsito na região.
De acordo com moradores, o local é um importante ponto de lazer e de encontros no bairro. Eles afirmam que, como a quadra esportiva foi inaugurada recentemente, soluções alternativas teriam sido possíveis: “Por que não fizeram primeiro a quadra na extensão da praça, e depois a rua?”, questiona uma popular, em vídeo compartilhado nas redes. Ela comenta que muitas crianças utilizam o espaço para recreação, e que considera a situação “inadmissível”.
Outra moradora conta que costuma levar a filha, de sete anos, com frequência à praça, e admite que teme que as obras acabem desvalorizando o espaço, “transformando um lugar de lazer tranquilo para ir com crianças, famílias e até cães, em um lugar perigoso”. Ela revela que a vizinhança está irritada com a situação, e que populares podem tentar barrar a realização dos trabalhos: “Sei que vai acabar com o sossego do bairro por nada”. A munícipe também lamenta o corte de árvores na praça: “Tiraram árvores lindas que moradores antigos plantaram, mexeram com a história do povo”.
Contraponto
Os trabalhos já estão em andamento, segundo a Prefeitura. De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Saneamento, a obra é uma reivindicação dos munícipes para aliviar o congestionamento, que costuma ocorrer diariamente na marginal da BR-101, nos limites do viaduto do Caminho Novo.
De acordo com a Secretaria, a construção da via é um projeto que já existe há anos, e que deve auxiliar também nas alterações que serão feitas, posteriormente, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), como o fechamento de alguns acessos a viadutos.
A Prefeitura afirma que, com base em estudos feitos pela equipe responsável, não foi possível projetar a rua para contornar a praça. Segundo a secretaria, existem algumas normas junto à ANTT para realizar ligações com vias marginais e rodovias e, no caso da Praça das Bandeiras, a via precisou ser anexada àquele ponto por conta da existência de uma vala.
* Sob a supervisão de Luciano Smanioto
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