A etapa final do Campeonato Catarinense de Boxe será disputada neste sábado (2), a partir das 17h, no Caranguejão, com 14 disputas de cinturão e três lutas de exibição. O evento leva o nome de Taça Acelino Popó Freitas, em homenagem ao pugilista baiano que é um dos maiores nomes do boxe brasileiro em todos os tempos.
Foi, inclusive, cogitada a participação de Popó no evento, o que acabou não se confirmando. O tetracampeão mundial, porém, mandou um recado através do Facebook da Federação Catarinense de Boxe (Fecaboxe), convidando os palhocenses a prestigiar o evento. Além de assistir a lutas de alto nível, os espectadores vão concorrer a brindes. O ingresso custa R$ 10 mais 1kg de alimento não perecível. "Este evento é uma parceria da Fundação Municipal de Esporte e Cultura (FMEC) com a Federação Catarinense de Boxe", observa o secretário executivo de Esporte e Cultura, José Virgílio Júnior (Secco). "A gente trouxe para cá porque no ano que vem a gente vai fazer um projeto de inclusão social através do boxe, já pensando em desenvolver o boxe na nossa cidade", explica.
O evento começa com uma luta de exibição da grande promessa do pugilismo palhocense, o jovem Leonardo Sadi Weiss. Aos 13 anos, Léo passou os últimos sete meses em São Paulo, treinando com a equipe The Oliveira Brothers, onde tem convivido com as futuras feras do pugilismo nacional. Fez até dois trabalhos com a Seleção Brasileira e foi elogiado pelos treinadores da equipe nacional e pelos cartolas da Confederação Brasileira de Boxe. "Foi muito bom ouvir e ver que a Seleção Brasileira já está olhando com muito cuidado pra gente. E lembrar que há três anos muitos riram do nosso trabalho e hoje até a Seleção reconhece nosso trabalho. Fica a certeza de que vamos chegar aonde sempre falamos", diz o pai do garoto, Rodrigo Weiss.
A meta é a Olimpíada de 2024, mas muitos cruzados e diretos vão rolar até lá. Neste sábado, Léo luta em casa, com muito orgulho. "Lutar em Palhoça, na minha cidade, onde eu nunca lutei oficialmente, é a primeira vez e vou mostrar aí que a minha evolução em São Paulo foi muito grande. Estou indo muito confiante, porque o trabalho que estou fazendo em São Paulo é muito bom", projeta Léo. "O tempo que eu já fiquei aqui aprendi para caramba, evoluí muito, nem se compara há sete, oito meses atrás", garante o garoto, que vai enfrentar Igor Malagolli, da Escola de Boxe Malagueta, de Biguaçu, na categoria infantil, até 42kg.
Estão previstos outros dois combates infantis até o início da disputa de cinturões. São 14 em jogo. Um deles pode ficar em Palhoça. Na categoria elite, até 69kg, João Ferreira, morador do Aririú e representante da equipe Sociedade da Luta, vai enfrentar Matheus Teixeira, da equipe Meninos de Ouro, de Balneário Camboriú. "O João tem bastante chance de conquistar o cinturão", elogia o técnico Nelson Martins. O treinador aumentou o ritmo dos treinamentos nesta reta final do ano. São até três treinos por dia, de segunda-feira a sábado (domingo ainda tem que dar uma corrida, pra manter o condicionamento cardiorrespiratório). A parte técnica vem sendo trabalhada ao longo do ano e a preparação física foi projetada para atingir o ápice agora. "No mês de setembro a gente alavancou a preparação para estar no ápice em dezembro", explica o técnico, que orientou treinamentos na praia e em montanhas, para aprimorar o condicionamento do pupilo. "A preparação foi boa, vou colocar em ritmo o que venho treinando pra chegar no Brasileiro forte", destaca o lutador, de 18 anos.
A final do Estadual será como um "treino de luxo", já que João embarca na semana que vem para a Bahia, onde encara Campeonato Brasileiro, evento anual que reúne a "nata" do pugilismo nacional. João garantiu vaga na categoria juvenil, até 69kg (meio-médio ligeiro) nas seletivas regionais e parte confiante em um bom resultado nos ringues baianos. "Estou 100% confiante", garante.