O Instituto Catarinense de Opinião Pública e Estatística (Incope), que ouviu 383 palhocenses entre os dias 26 e 27 outubro, perguntou: Se a eleição fosse hoje e os candidatos fossem estes, em quem você votaria para prefeito e vice de Palhoça? A pesquisa apontou que o candidato a prefeito Freccia teria 28,24% da intenção de voto (considerando a margem de erro, Eduardo teria entre 23,24% e 33,24%). Na ocasião, 17,10% dos entrevistados disseram ainda não saber em quem vão votar. A coligação do PSL, encabeçada pelo Coronel Ivon tinha, segundo a pesquisa, 15,03% das intenções de voto (considerando a margem de erro, Ivon teria entre 10,03% e 20,03%). Logo a seguir, segundo o Incope, viria o Repórter Sérgio Guimarães com 11,92% das intenções de voto (considerando a margem de erro, Guimarães teria entre 6,92% e 16,92%). Jeão Negão aparece na pesquisa com 10,36% das intenções de voto (considerando a margem de erro, Jean teria entre 5,36% e 15,36%). Logo em seguida, o Incope aponta uma intenção de voto de 9,07% para o candidato Luciano Pereira (considerando a margem de erro, Luciano fica entre 4,07% e 14,07%). Brancos e nulos somariam 7,25%. O candidato Jailson Rodrigues teria 1,04% (considerando a margem de erro, Jailson poderia ter até 6,04% dos votos em Palhoça). Nesta pesquisa, o candidato Rangel Medeiros não pontuou.
Os pesquisadores também quiseram saber sobre a rejeição e tendência de vitória na cidade. Para isso, perguntaram em quem o eleitor não votaria de forma alguma e quem, independente de seu voto, vai ganhar as eleições na cidade. Acompanhe os resultados completos nos gráficos abaixo.
A pesquisa:
O editor-chefe do jornal Palhocense, Alexandre João Bonfim da Silva, destaca que este é o quarto ciclo eleitoral em que o periódico divulga a pesquisa de intenção de votos para a cidade. “O objetivo é trazer um panorama do momento na corrida eleitoral, e até mesmo ajudar os candidatos a escolherem estratégias de maior sucesso para se comunicar com os eleitores”, explica o jornalista.
A metodologia utilizada para a apuração foi a pesquisa de opinião quantitativa, realizada a partir de entrevistas em domicílio, utilizando questionário estruturado, com pesquisadores treinados e acompanhados de um coordenador de campo.
A amostragem aleatória simples foi elaborada a partir de uma base de dados com base nas informações estatísticas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) e o perfil sócio econômico com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A equipe de pesquisadores do Instituto Catarinense de Opinião Pública e Estatística (INCOPE) fez o trabalho de campo devidamente monitorada por supervisores treinados e credenciados. Durante todo o processo de pesquisa, os questionários foram subordinados à avaliação da coordenação, afim de lhes assegurar fidelidade e confiança.
Sobre o Incope
O Instituto Catarinense de Opinião Pública e Estatística (Incope) atua, desde 2013, no mercado de pesquisas de opinião, tanto qualitativas quanto quantitativas. A empresa, do Sul de Santa Catarina, realiza pesquisas mercadológicas, eleitorais, de avaliação governamental, da qualidade do atendimento no serviço público, pesquisas de comunicação e mídia, entre outras.
O instituto acredita que a pesquisa é um forte mecanismo na tomada de decisão dos eleitores. “Por esse motivo, buscamos trabalhar com ética, sigilo e comprometimento com os objetivos de nossos clientes”, explicam diretores do instituto.
Direito de publicação da pesquisa foi conquistado na Justiça
A quarta pesquisa eleitoral contratada na história do jornal Palhocense também foi a mais polêmica. As entrevistas foram realizadas entre os dias 26 e 27 de outubro pelo Incope, que ouviu 383 pessoas em todo o território municipal. O resultado, porém, que seria divulgado do dia 31 de outubro teve que esperar até este domingo (8). O pedido de impugnação foi impetrado pelo Partido Social Liberal (PSL) e pelo Partido Liberal (PL). No documento, a sigla alega que, tendo o Incope em curso pesquisas em outras cidades, no período de 15 dias, não teria condições técnicas e financeiras de colher as informações em Palhoça.
Os setores jurídicos tanto do jornal quanto do instituto moveram-se então no sentido de restabelecer a verdade e a liberdade democrática com a publicação da referida pesquisa, que foi registrada junto à Justiça Eleitoral sob o número n. SC 00628/2020.
O Ministério Público manifestou-se, ainda na sexta-feira (6), com parecer favorável à publicação. No sábado (7), às 20h07, foi a vez da Justiça Eleitoral publicar decisão autorizando a veiculação dos números. Diz o documento: “Em pesquisa rápida na internet, verifico que a empresa representada já fez pesquisas eleitorais em outras ocasiões neste estado e não há, até onde este Magistrado conseguiu levantar, histórico de impugnações aos seus levantamentos anteriores no Tribunal Regional Eleitoral, o que reforça a impressão de que não há risco concreto de parcialidade dos profissionais da empresa”, fala o Dr Luís Felipe Canever, Juiz Eleitoral na decisão, e conclui: “Ausente, pois, qualquer irregularidade formal ou legal na pesquisa impugnada ou qualquer fato concreto que permita fundamentadamente se duvidar da sua honestidade, não existe motivo para proibir a publicação dos seus resultados”.
Em editorial, publicado em 28 de outubro, jornal Palhocense alerta: não vote por pesquisa
Antes mesmo de toda a celeuma envolvendo a judicialização da pesquisa do jornal Palhocense, seu editor, Alexandre Bonfim, publicava carta aberta em que dizia: “Não se engane: pesquisa não é resultado antecipado e eleição não é jogo de acerto! Você não precisa votar em quem deve ganhar. Você deve votar em quem, segundo sua opinião, está mais preparado para oferecer o melhor para nossa “Terra Querida”.
Assim, o periódico conclui mais uma etapa de contribuição para o processo eleitoral da cidade. O resultado real só aparecerá nas urnas, no próximo dia 15 de novembro.