O paratleta do Caminho Novo Cleomar da Silva inicia a temporada 2018 neste final de semana, em Porto Alegre (RS). Depois de um 2017 recheado de conquistas, o palhocense encara a etapa regional Rio-Sul do Circuito Brasil Caixa Loterias, entre os dias 9 e 11, na capital gaúcha. A competição é organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.
Cleomar viaja nesta sexta-feira (9), confiante em um bom resultado. “Estou treinando forte para a primeira competição do ano”, garante o competidor, que tem treinado três vezes por semana, com uma hora de trabalhos técnicos e específicos para as modalidades que disputa, e mais uma hora de treino físico todos os dias, com exercícios de fortalecimento muscular em academia ou séries do chamado CrossFit, cada vez mais popular entre atletas.
O esforço no treinamento se justifica pela ousadia das metas traçadas para 2018. Na etapa regional, Cleomar vai competir nas provas de arremesso de peso, lançamento de disco e lançamento de dardo, com o objetivo de alcançar o índice exigido para garantir vaga no Campeonato Brasileiro. “Estou bem confiante, vou em busca de minhas melhores marcas e com isso uma vaga para o Brasileiro”, projeta.
Além de participar da competição nacional, o palhocense também mira voos mais altos, vestindo um uniforme verde e amarelo que todo atleta brasileiro sonha em vestir. “Minhas metas são de melhorar minhas marcas e conquistar minha vaga para a Seleção Brasileira paralímpica de atletismo”, observa o paratleta.
Ele tem motivos para estar confiante. Em 2017, Cleomar, que cursa Educação Física na Fadesc, participou dos Jogos Paralímpicos Universitários Brasileiros e conquistou o ouro no lançamento de disco, a prata no arremesso de peso e o bronze no lançamento de dardo. No final do ano, somou mais três medalhas durante os Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc): ouro no disco e no dardo e prata no peso; em todas as provas, estabeleceu as suas melhores marcas na temporada.
Os bons resultados nas pistas de atletismo vêm coroar uma carreira marcada pela superação. Vítima de um acidente de motocicleta em 2002, Cleomar chegou a ficar mais de um mês em coma e corria risco de morte, mas superou todas as adversidades e recuperou a saúde. Três anos depois, começou a disputar competições de atletismo para atletas com paralisia e não parou mais de competir. E não vai parar tão cedo: enquanto tiver forças para testar seus próprios limites, vai continuar treinando forte para superar marcas e conquistar seu espaço no paratletismo brasileiro.