O SuperBike Brasil encerrou mais uma etapa da temporada 2019. Debaixo de um sol escaldante no último domingo (22), no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia, sete corridas garantiram emoção à 6ª etapa do ano e movimentaram as 22 categorias do maior campeonato de motovelocidade das Américas. Os pilotos de Palhoça Pablo Flores Nunes e Guilherme Neto tiveram atuação destacada.
Guilherme Neto terminou a prova em segundo lugar na categoria master da SuperBike Light (principal degrau de evolução para a categoria principal, a SuperBike). Já Pablo foi o terceiro colocado na Evolution, uma das principais categorias do circuito. “Foi excelente a etapa. Fora o calor, que é infernal. Corremos com um calor beirando 43 graus de temperatura ambiente, na pista acho que passava de 55 graus. Mas para mim foi show. Além de eu gostar demais de lá, consegui dois terceiros lugares, que me colocaram na briga pelo campeonato de novo”, comenta Pablo, que mora no Pagani.
Pablo vem no pelotão de frente, na cola do segundo colocado (Marcelo Skaf) e a cerca de 20 pontos do líder, Bruno Corano - a classificação oficial não havia sido divulgada no site oficial do campeonato até o fechamento desta edição. “Vamos lutar até o final. Ainda tem mais três etapas e vamos lutar com todas as nossas forças para ver se a gente consegue chegar nesse título, que seria muito importante”, projeta o piloto, que este ano está correndo de Suzuki, depois de dois anos correndo de Yamaha. “Corri dois anos de Yamaha, onde a gente alcançou o vice-campeonato brasileiro da categoria EVO1000, no ano passado. E em 2019 a gente teve uma proposta da Suzuki, alinhamos as ideias e mudamos de marca. Está sendo uma temporada muito dura, tanto no aspecto de acerto da moto, porque é uma moto nova, uma moto excelente, que tem todos os predicados, mas precisa de desenvolvimento, como toda moto de competição”, pondera Pablo.
Outro aspecto que trouxe um fator complicador nesta temporada foram os acidentes fatais que tiraram a vida dos pilotos Mauricio Paludete, da SuperBike Evolution, na segunda prova da temporada, em abril, e Danilo Berto, durante um treino para a terceira etapa (ele corria na SuperBike Extreme), em maio. Os dois acidentes aconteceram no circuito de Interlagos (SP). O autódromo, que visa somente a competições de automóveis e por isso não traz segurança adequada a competições de motociclismo, foi interditado e o calendário foi remanejado. “Eram dois amigos, dois excelentes pilotos”, descreve. “Mas o campeonato SuperBike Brasil está tomando as providências necessárias, tanto na questão burocrática quanto na questão de melhorias que o autódromo necessita para receber as corridas de motovelocidade”, revela Pablo.
O piloto de Palhoça também comemora a união da associação dos pilotos e da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM), no sentido de homologar o SuperBike como o campeonato oficial do país, passando a integrar o sistema da CBM e da Federação Internacional de Motociclismo. “Isso foi muito bom para todo mundo, porque a gente tem o quinto maior campeonato de motovelocidade do mundo, então isso só vem a somar ao campeonato”, conclui.