A Prefeitura de Palhoça, através da Fundação Municipal de Esporte e Cultura (FMEC), fez o lançamento oficial do programa Bolsa Atleta, que tem o objetivo de valorizar e apoiar atletas e para-atletas participantes do desporto de rendimento; incentivar jovens valores; e desenvolver a prática do esporte como meio de promoção social, mediante a concessão de bolsas remuneradas. O ato de lançamento do programa aconteceu na tarde desta terça-feira (10), na sede da Prefeitura, com a presença de atletas, técnicos e professores de atletismo e incentivadores.
O Bolsa Atleta foi criado pela Lei 4813/2020 e prevê a liberação de recursos para os medalhistas de ouro, prata ou bronze de quatro competições estaduais, que são disputadas todos os anos, sob a chancela da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte). Palhoça tentou implantar o programa em outras ocasiões, mas as tentativas foram sempre frustradas.
O programa vem corrigir uma distorção na área do esporte amador de alto rendimento, porque mesmo se destacando como formadora, incubadora de atletas, a cidade de Palhoça perdia seus medalhistas para outros municípios. Os destaques palhocenses em competições estaduais eram recrutados por municípios que ofereciam bolsas e acabavam competindo por esses municípios.
“É um sonho, são poucos os municípios no estado que tem um programa como este”, refletiu o diretor técnico da FMEC Vanilson Valdemar da Silveira, que conduziu a solenidade.
O prefeito Camilo Martins sancionou a lei recentemente e comemorou o efeito que ela provocará no cenário esportivo do município, porque entende que, a partir de agora, a Fundação Municipal de Esporte e Cultura terá como apoiar seus atletas de alto rendimento. “A partir deste momento, com a criação do Bolsa Atleta Municipal, a Fundação de Esporte se torna competitiva e pode incentivar para que os atletas continuem lutando por medalhas, representando as cores da bandeira de Palhoça. Inclusive, segundo fonte da FMEC, vários atletas que medalharam se afastaram de Palhoça por falta de apoio financeiro já estão manifestando interesse de retornar”, destacou o prefeito.
Camilo Martins relacionou a criação da Fundação Municipal de Esportes e Cultura e a instituição do programa Bolsa Atleta como “importantes conquistas na área esportiva, para impulsionar o desenvolvimento do esporte no município”. “É resultado de um trabalho de equipe, que conta com a parceria do Legislativo municipal”, registrou o prefeito, que foi atleta e considera a lei como um marco na história do esporte no município. A FMEC fechou o ano de 2019 com 27 projetos esportivos, mas deverá encerrar 2020 com iniciativas em 38 modalidades.
O vice-prefeito Amaro Júnior, que tem uma relação profunda com os esportes, considera o trabalho realizado pela Prefeitura, através da fundação, “extremamente importante, porque estimula o atleta a persistir no seu sonho”. “Estamos trabalhando para deixar um legado”, disse.
O programa Bolsa Atleta atenderá às modalidades olímpicas e paralímpicas, bem como aquelas que integram o quadro oficial das competições da Fesporte, o órgão oficial do esporte no estado, com prioridade àquelas em que o município vem participando em eventos oficiais de âmbito estadual, como: Olimpíadas Estudantis de Santa Catarina (Olesc), Joguinhos Abertos de Santa Catarina, Jogos Abertos de Santa (Jasc) e os Jogos Abertos Paradesportivos de SC (ParaJasc). São competições disputadas todos os anos.
Segundo o presidente da FMEC, José Virgílio Júnior (Secco), o programa garante apoio financeiro para atletas, paratletas não profissionais e atleta-guia: “Todos os atletas medalhistas (ouro, prata ou bonze) terão direito ao recebimento de cotas financeiras durante 11 meses. A remuneração é proporcional à competição e à medalha conquistada e passa a valer no ano imediatamente seguinte ao da competição”. Ainda segundo Secco, o número de beneficiados é ilimitado e os recursos estão assegurados na própria fundação.