Por: Willian Schütz*
Lista de espera, zoneamento e questões estruturais. Esses são alguns dos fatores que alguns responsáveis têm apontado como dificuldades para conseguir vagas para crianças e adolescentes estudarem presencialmente em Palhoça. Há semanas, moradores do Aririú da Formiga relatam que essa situação ocorre na Escola Básica Professora Laurita Wagner da Silveira.
Foi o caso da dona Velma, que vem questionando a Secretaria Municipal de Educação. O neto dela, de seis anos, não conseguiu vaga na escola municipal do bairro. “Na lista de inscrição deste ano para a escola, tinha 45 crianças, mas só tem uma sala”, alega dona Velma. Ela argumenta que o fato de não haver vagas suficientes para o primeiro ano é um problema, pois “as crianças do primeiro ano não conseguem pegar ônibus sozinhas”, impossibilitando o deslocamento para outras instituições.
A moradora do Aririú da Formiga também diz que “uma mãe, conhecida da família e que tem três filhas, teve que se mudar, por não ter vaga na escola”.
Informações da Escola Básica Professora Laurita Wagner da Silveira dizem que as turmas são formadas conforme a demanda do ano anterior para o próximo. Isso significa que é feita uma projeção para que as turmas do ano seguinte possam atender os alunos que já se encontram tendo aulas atualmente.
Em nota repassada pela Secretaria Municipal da Educação, a “direção da escola, ciente da demanda reprimida da comunidade do Aririú da Formiga na turma do 1º ano e levando em consideração a importância dessa fase da vida da criança e sua expectativa com o ingresso na escola, já está elaborando uma alternativa para que todos os alunos sejam atendidos ainda neste ano”.
Ainda segundo a nota, assim que essa situação estiver concretizada, a comunidade escolar será avisada.
Mesmo assim, o neto de dona Velma, bem como outras crianças do Aririú da Formiga que iniciariam o primeiro ano em 2021, permanecem na fila de espera por uma vaga.
Problemas semelhantes no Aririú
Mães e pais de crianças que estudam em outros bairros de Palhoça já procuraram a equipe de reportagem do Palhocense para relatar a dificuldade em conseguir vagas nas escolas do município.
O caso mais recente foi o da Escola de Educação Básica João Silveira, localizada no Aririú. O motivo é a dificuldade na reestruturação do sistema de distribuição de energia, após um furto de fios elétricos ocorrido no ano passado. Além disso, a instituição de ensino tem problemas para compor a equipe necessária para cumprir o plano de contingência municipal em prevenção ao novo coronavírus.
Ana Paula, mãe de uma estudante da escola João Silveira, afirma que sua filha continuou estudando online até o início de abril, pois estava na fila de espera para uma transferência para o Caic.
Na maioria das escolas em Palhoça, as aulas seguem ocorrendo no modelo híbrido: parte presencial, parte online. Enquanto isso, persiste a existência da fila de espera por uma vaga para quem quer e precisa estudar.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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02/12/2024
02/12/2024