Por: Dirce Heiderscheidt*
Estima-se que, neste ano de 2021, mais de 66 mil novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A doença é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados em 2020, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasia diagnosticados em mulheres.
Voltando para o Brasil, é aqui na região Sul e Sudeste que estão as maiores taxas de incidência e mortalidade pelo câncer de mama. Esses índices devem acender o alerta e nos mobilizar ainda mais por essa causa. A conscientização é o primeiro passo, por isso a importância da campanha Outubro Rosa, mas precisamos ir além.
O objetivo da iniciativa, celebrada no mundo todo, é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para a prevenção, o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença. Em 2011, quando apresentei o PL 0490.9/2011, projeto que instituiu a campanha em Santa Catarina, queríamos mais do que estimular as pessoas a usarem rosa, mas garantir que as mulheres tivessem assegurado o seu direito a uma mamografia, a demais exames e a um tratamento adequado.
O câncer de mama afeta diretamente a vida das mulheres acometidas pela doença, física e emocionalmente. Sabemos dos efeitos do tratamento no corpo, causando um significativo abalo na autoestima feminina. Essas características exigem que o poder público, o sistema de saúde, a assistência social e demais áreas se preparem para atender essas pacientes com qualidade e eficiência.
O maior objetivo da campanha Outubro Rosa deve ser o da conscientização. Quando diagnosticado logo no início, as chances de cura crescem e podem ser de até 95% para os nódulos menores do que um centímetro. Por isso, precisamos estimular o autoexame e, enquanto agentes públicos, trabalhar para garantir o acompanhamento médico regular. A informação e os exames são as maiores armas contra a doença.
Mulheres, cuidem-se!
* Deputada estadual
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