Por: Sofia Mayer*
Usuários do transporte coletivo municipal que utilizam a linha Guarda do Cubatão Circular estão enfrentando problemas para sair do Aririú da Formiga no início das manhãs. Devido à escassez de horários e podendo utilizar somente 50% da ocupação total, os veículos têm chegado ao bairro com limite máximo de usuários atingido, sem possibilidade de parar para a entrada de novos passageiros. Para deixar o cenário ainda mais caótico, existe uma hora de intervalo entre um coletivo e outro: após as 7h, eles só partem novamente do ponto inicial às 8h.
Uma moradora, que depende do transporte, conta que todos os dias tem chegado atrasada no trabalho. Ela comenta que, conforme seu planejamento, deveria entrar no veículo das 7h, porém, o ônibus chega ao bairro cheio demais para permitir a entrada de novos usuários: “Agora piorou. Ele não entra mais na Formiga, simplesmente passa direto pela BR, porque já está com a capacidade máxima. Ou seja, ficamos que nem trouxas no ponto de ônibus esperando, e nada”, desabafa. Cerca de 10 pessoas aguardam no local, diariamente, no início das manhãs.
A rotina da munícipe, em teoria, é mais ou menos assim: todos os dias, ela precisa pegar o Guarda Circular, parar na Ponte do Imaruim e, de lá, conseguir uma linha interbairro para a Pedra Branca, onde trabalha. “Eu pego outro 7h40 na Ponte do Imaruim”, explica a munícipe, que deveria iniciar no serviço às 8h30. Sendo obrigada a pegar o ônibus das 8h, contudo, o cálculo não fecha: “Chegamos às 9h”, revela.
Outra alternativa eram as linhas que vinham da Enseada do Brito, que também foram retiradas da rota do bairro. “Esse Enseada que passa às 7h não passa por dentro da Formiga. Eu tenho que ir lá na BR pegar o ônibus. Isso, em dia de chuva, é terrível”, explica. Para não chegar atrasada e ter o salário descontado, ela e outros usuários se veem obrigados a pagar por serviços de aplicativo.
Posição da Jotur
Questionada sobre possíveis alternativas para contornar o problema, a Jotur ressaltou que os veículos estão operando com apenas metade da capacidade total e, por isso, a linha estaria lotada. A empresa se compromete, no entanto, a disponibilizar um ônibus extra, a partir desta quinta-feira (20), às 7h.
Medidas contra a Covid-19
Embora a Grande Florianópolis tenha entrado, na última semana, para o radar de risco gravíssimo para contágio do novo coronavírus, os ônibus na região continuaram funcionando “devido aos critérios epidemiológicos que apontam 14 dias como o prazo necessário para a consolidação das ações de enfrentamento", segundo o governo do estado. Nesta quarta (19), a região voltou para cenário “grave”, permitindo que os veículos continuem em atividade.
Quer participar do grupo de WhatsApp do Palhocense?
Clique no link de acesso!