Esta é a casa do saudoso professor de Geografia e prefeito de Palhoça (1966-1969) João Silveira. Seu maior feito foi ter governado nosso município, atendendo o povo no jardim da Praça Sete de Setembro. O povo muito pedia, pouco ganhava, mas gostava de ser tratado com respeito e era exatamente o que seu João fazia, dando o tradicional “tapinha nas costas”.
Em 1969, elegeu seu sucessor, o prefeito Nelson Martins. Em 1972, divergências políticas fizeram com que apoiasse a candidatura do prefeito Odílio José de Souza (MDB). Quatro anos depois, lá estava João Silveira ao lado do candidato eleito a prefeito, Chico da Farmácia (Arena), e depois seu sucessor, Neri Brasiliano Martins (PFL). Em 1988, novas divergências fizeram com que o PFL não se coligasse com o seu partido, o PDS, o que deu a vitória ao prefeito Paulo Roberto Vidal (PMDB).
Desde então, a “águia da política palhocense”, como era chamado, lutava para trazer de volta seu partido e aliados à Prefeitura. Parecia escondido politicamente, mas, quando se aproximavam as eleições, lá estava a casa de seu João, na avenida Barão do Rio Branco, abarrotada de políticos querendo seu apoio. De lá saíam coligações, nomes de candidatos, entre outras artimanhas políticas que só seu João sabia orquestrar.
João Silveira faleceu no dia 6 de outubro de 1996, três dias após a eleição que levou à Prefeitura mais um líder de seu partido, o prefeito Paulino Schmidt, pela velha coligação PPB/PFL. Em seu sepultamento, a “águia da política palhocense” voou serena rumo ao cemitério do Passa Vinte. Poucos foram os amigos políticos que o acompanharam até sua última morada. A maioria estava de ressaca ou ainda festejando a vitória do novo prefeito.