A Escola de Samba Nação Guarani levou 1,1 mil componentes à Passarela Nego Quirido, durante o desfile do Grupo Especial do Carnaval de Florianópolis, que começou no sábado (22). Mesmo com poucos recursos e sendo a última escola a entrar na avenida (por volta de 4h40 da manhã de domingo), a escola fez um bom papel no maior evento carnavalesco do estado.
Com o enredo "Sabedoria Ancestral: O Ecoar de uma Nação Transforma Lixo em Criação", a Nação Guarani somou 257,6 pontos – a campeã, a Unidos da Coloninha, somou 269,2 pontos. A escola palhocense terminou em último lugar, entre as sete escolas do Grupo Especial, mas está garantida na elite no ano que vem, quando o desfile terá oito escolas: Coloninha, Consulado, Protegidos da Princesa, União da Ilha da Magia, Dascuia, Copa Lord, Nação Guarani e Acadêmicos do Sul da Ilha, que acabou de subir de divisão, com o título do Grupo de Acesso no Carnaval deste ano. “A Nação Guarani agradece a todos os integrantes e a toda a diretoria e apoiadores, pois sem eles não teríamos realizado o desfile de sábado. Foi uma grande emoção ter colocado na avenida quase 1.100 pessoas, às 4h40 da manhã, e mesmo com recurso muito abaixo das escolas de Florianópolis, conseguimos fazer um belo espetáculo e conquistamos boas notas. Sentimento de dever cumprido, depois de muita luta durante um ano inteiro”, comenta o presidente da escola, Lui Vandré.
Bloco do Siri
O Bloco do Siri, na Passagem do Maciambu, também não tem fins lucrativos. O bloco estava afastado do Carnaval há dois anos, e o retorno foi emocionante. “Pensávamos que não teria muita gente, mas o povo estava com saudade da nossa folia na avenida. Fomos aplaudidos e agraciados por muitas pessoas. Quando nos juntamos, no domingo, com o bloco do Papagaio, foi só alegria. Sem palavras”, comenta Jaqueline Pereira de Castro, filha dos fundadores do bloco, dona Vanir Dilma Pereira e seu Jair João Pereira, que criaram o Bloco do Siri junto com o amigo Quintino Gonçalves (Tininho).
Marisco da Lama
Em Palhoça, o Carnaval foi de festa por todos os cantos. O bloco Marisco da Lama, um dos mais tradicionais da cidade, agitou a Barra do Aririú com seu tradicional “arrastão”, na segunda-feira (24). Folia familiar, com muitas crianças e pura diversão, o bloco, que vem escrevendo história no bairro, já é realidade no calendário carnavalesco de Palhoça.
Este ano, o evento contou com a presença da rainha de bateria Camilla Ventura (ao lado da corte do bloco, na foto), da Escola de Samba Unidos da Coloninha, agremiação campeã do Carnaval de Florianópolis.
Vale lembrar que o Marisco da Lama é uma organização totalmente sem fins lucrativos. O objetivo é somente de alegrar o Carnaval do bairro.
Clube 7 de Setembro
Outro “retorno” do Carnaval deste ano foi o do baile do Clube 7 de Setembro. A festa, na segunda-feira (24), reuniu foliões entusiasmados na festa “Arreia o Copo no Sete”.
Para a direção do clube, a festa foi um sucesso. “Assumimos a diretoria do Clube Sete em novembro do ano passado, com o principal objetivo de resgatar os eventos tradicionais. Para buscar estas soluções, fomos atrás de parcerias e o primeiro desafio foi o Carnaval. Fizemos o CarnaPalhoça, junto com a Nação e o Serc Guarani; elegemos a Corte e o Rei Momo. Realizamos o Carnaval infantil gratuito, no domingo, com banda, arrecadando 1kg de alimento para doarmos ao asilo Nossa Senhora dos Anjos, mas o grande desafio era resgatar o Verde e Branco, o baile de segunda. Fechamos uma parceria com o bloco carnavalesco Arreia o Copo e fomos organizando”, lembra o presidente do clube e vice-prefeito de Palhoça, Amaro Junior.
A primeira missão foi buscar apoiadores e patrocinadores para as camisas; depois, foram definidas as bandas, valores e demais detalhes da logística - tudo em comum acordo entre as diretorias. “O pessoal do Arreia o Copo teve uma participação muito importante em toda a organização, mas na venda das camisas eles surpreenderam. Falando em venda de camisas, o sucesso antecipado das vendas deixou alguns foliões de fora da festa, e infelizmente não pudemos atender aqueles que decidiram ir em cima da hora. Muitos nos questionaram por que não convites ou fitas para remediar, mas nosso compromisso com a sociedade é de promover eventos para integração e alegria com responsabilidade. Temos que obedecer a capacidade máxima determinada pelo Corpo de Bombeiros e as camisas, além de dar um colorido especial ao evento, são uma forma de controle”, explica Amaro.
O presidente do clube aproveito a oportunidade para agradecer a todos os voluntários que colaboraram para o sucesso do evento e pedir a compreensão daqueles que não conseguiram seus ingressos. “Foi o primeiro evento em que o clube administrou o seu próprio bar e algumas falhas sempre ocorrem, mas em eventos futuros serão corrigidos”, projeta.