Um “samba indie”, é possível? A galera da Jandaia prova que sim! “Lero-Lero”, clipe que a banda está lançando nesta quinta-feira (6), traz uma mistura de influências dentro da sonoridade pop que caracteriza o projeto musical de “Estrago”, álbum que está em processo de construção.
Quem acompanha as novidades artísticas que o Palavra Palhocense costuma apresentar vai lembrar do Murilo Salazar. “Matéria Solúvel”, EP de estreia do músico, embalou as páginas do jornal com tons de MPB, em 2018 (acesse rb.gy/poza0l e confira). Na época, Murilo morava no Aririú e espalhava o DNA sonoro em projetos solos e em comunhão com a banda Ratclif.
De um ano para cá, têm se dedicado à Jandaia. Dedicação full time, literalmente, já que os músicos Murilo Salazar (guitarra e vocais), Idyan Lopes (baixo, sax e vocais), Victor Fabri (guitarra, teclados e vocais) e Lucas Prá (teclados, vocais e guitarra) passaram a morar juntos, em Florianópolis, o que otimiza a produção de todo o trabalho da banda, que ainda tem um “membro honorário”, o baterista Marcos Aurino. “Nos conhecemos há muito tempo atrás, somos ‘colegas de cena’ há quase 10 anos. Tocávamos em bandas diferentes, mas sempre nos mesmos eventos. Ano passado, os planos de retorno de uma dessas bandas acabou resultando na formação do Jandaia”, conta Murilo.
Antes de todo este cenário pandêmico, os integrantes decidiram alugar o que viria a ser o "QG" da banda. A ideia era ter um local adequado para a produção de eventos e montagem do próprio estúdio de gravação. “Veio a pandemia e acabamos, por ironia do destino, vivendo o cenário perfeito para nos concentrarmos no que virá a ser nosso primeiro álbum”, relata Murilo.
A sonoridade pop, no sentido de “popular mesmo”, já começou a ser desenhada em outubro do ano passado, quando foi lançado o primeiro single da banda, “Movimento”. O clipe teve algumas cenas gravadas na Praia do Sonho, um lugar especial para o guitarrista. “Minha querida Praia do Sonho é cenário de absolutamente todos os meus verões desde que me entendo por gente”, conta Murilo. “Minha relação com Palhoça, especificamente com a Praia do Sonho e o Aririú, é algo baseado em uma quantidade de memórias muito queridas. Cresci no Aririú desde meus 11 anos de idade. Inclusive, foi morando em Palhoça que nasceu meu envolvimento com música”, descreve o ex-aluno da escola Irmã Maria Teresa, na Ponte do Imaruim; um estudante “um tanto introspectivo”, com seus fones de ouvido e sua paixão pela música.
Uma paixão tão grande que é difícil definir um estilo só a seguir. A banda bebe de fontes muito distintas, que vão do indie rock até o samba. E por que não um “samba indie”? É a proposta do novo single, "Lero-Lero", que a partir de hoje está disponível em todas as plataformas de streaming. A comparação entre “Lero-Lero” e “Movimento” pode dar a ideia fiel da abrangência "popular" que define (ou deixa no ar?) a sonoridade da Jandaia: “Movimento” tem uma levada puxada para o indie rock, e “Lero-Lero” é um "samba indie". “Ou qualquer coisa que vier na mente de quem ouve. Não há fronteiras na arte”, define Murilo.
Com o lançamento de “Movimento”, em outubro do ano passado, através do selo Cavaca Records, de São Paulo, os frutos começaram a aparecer. A banda ficou entre os 20 melhores clipes lançados em 2019 pela PlayTV, desbancando nomes consagrados como Alceu Valença e Elza Soares. “Obviamente, uma coisa que temos como verdade em nossas vidas e em relação a esse trabalho é que nós nunca paramos, e a campanha que se inicia com o lançamento de ‘Lero-Lero’ é a prova disso”, reflete Murilo.
Gravado semanas antes do início da pandemia, os músicos utilizam a “estética boêmia" no videoclipe, com cenas no interior de bares de Florianópolis e de São Paulo, além de tomadas no interior do Teatro Álvaro de Carvalho (TAC). “Nós nos sentimos muito honrados em poder ter tido a oportunidade de utilizá-lo na gravação”, comemora, referindo-se ao TAC.
O lançamento de “Lero-Lero” abre a campanha de crowd funding que servirá para prover o orçamento da produção do álbum inteiro, que se chamará "Estrago". “Criamos o design de uma série de produtos extremamente exclusivos que chamamos de ‘recompensas’ para todos que participarem do Catarse (site de crowd funding). É a forma que encontramos pra levantar o fundo necessário pra essa produção, uma vez que estamos com shows e eventos parados por conta da pandemia e o respeito que possuímos em relação a tudo o que é necessário fazer para que esses tempos estranhos acabem logo”, finaliza.
Na internet
Campanha de crowd funding: catarse.me/jandaia
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