O Ensino Médio no Brasil com novo formato será implantado a partir de 2020 com foco na aprendizagem visando uma preparação do estudante para o mercado de trabalho. A temática foi destaque na reunião do Movimento Santa Catarina pela Educação ocorrida dia 28 de novembro, nas dependências da vice-presidência da Fiesc, onde seus membros refletiram sobre o impacto desta nova modalidade nas instituições educacionais do país.
Para o vice-presidente da regional Sudeste da FIESC, Tito Schmitt, o modelo de ensino no país precisa acompanhar o ritmo de aprendizado dos estudantes. “Hoje nós vivemos a era das tecnologias, da informação e da interatividade, o nosso sistema educacional está muito engessado”, diz Schmitt.
Para ele, essa mudança incentiva os jovens a estudarem mais. “Com essa nova proposta, o ensino se aproxima da realidade dos estudantes, é um passo importante para qualificarmos a educação do Brasil” completa.
Com o novo ensino médio, os estudantes ficam mais tempo dentro da escola. O atual período, que é de 800 horas/aula por ano, aumenta para 1000 horas/aula e, com esse “tempo extra”, os alunos podem se dedicar a atividades de formação técnica e profissional que tenham interesse. Assim, eles possuem maior liberdade para moldar as próprias carreiras, já que o modelo permite um currículo integrado por áreas de conhecimentos, não mais por disciplina como acontece no sistema atual de ensino.
Natália Meneghetti (Coordenadora Regional de Educação de Florianópolis), enfatizou que a mudança será feita de forma gradual. Inicialmente 120 escolas estaduais servem de piloto já no ano que vem, e a partir de 2021 todas as 713 instituições de ensino do estado devem aderir ao novo modelo de Ensino Médio. O prazo máximo para a implantação é 2023. Duas escolas da Grande Florianópolis fazem parte das unidades que já iniciam as mudanças: o Instituto Estadual de Educação (Florianópolis) e o EEB José Maria Cardoso da Veiga (Palhoça).