Por: Sofia Mayer*
Um prédio localizado na rua Francisco João Lucas, na Barra do Aririú, está preocupando a comunidade, que teme que a construção esteja sob risco de colapso. Moradores das proximidades afirmam que o revestimento de piso que envolve externamente o edifício está se descolando e caindo na rua, onde há tráfego constante de pessoas; já os vidros das janelas estão estourando, segundo os relatos. O proprietário já teria sido notificado e, segundo populares, está morando no Mato Grosso.
Um munícipe comenta que a estrutura está cedendo e, por conta disso, duas barras de ferro foram inseridas para segurá-la. “Os vidros estão rachando, sendo assim, nota-se um grave problema estrutural”, afirma. Ele conta que o prédio foi construído há cerca de 10 anos, sem levar em conta o porte que tem hoje. “Víamos que foi feito um arco de viga para que não caísse”, relata. Faz cerca de um mês que o edifício não está ocupado, segundo populares.
Por pouco, segundo ele, acidentes fatais não aconteceram no local. “Esse prédio está com os pisos caindo, já quase matou minha mãe”, informa. O popular conta que ela estava sentada, no chão, e assim que se levantou e saiu, uma parte do revestimento despencou da parede. “As pessoas até correram para ver se ela tinha sido atingida”, recorda. Na ocasião, diversos pisos se descolaram da estrutura. O proprietário já tentou reparar a situação, segundo o morador, porém, o problema sempre volta a aparecer.
A preocupação se estende às crianças, tendo em vista que, durante o período de aulas escolares presenciais, estudantes aguardam as vans no local.
Embora o morador afirme que a vizinhança já realizou ligações à Defesa Civil de Palhoça, os agentes garantem que não receberam chamados, durante os plantões, em relação ao caso. No entanto, o coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil, Julio Marcelino, ao analisar uma foto externa do edifício, afirma que “parece um caso de deflação, onde o piso, por conta da temperatura, começa a se soltar”. É necessário, segundo ele, verificar a estrutura da construção.
Marcelino explica que, para a Defesa Civil comparecer ao local, uma ocorrência precisa ser registrada no Corpo de Bombeiros ou na Polícia Militar. “Se não gerou, como iremos saber o que houve?”, questiona.
Construção interditada na Ponte do Imaruim
Em março, um prédio na Ponte do Imaruim havia sido desocupado depois que moradores perceberam um forte estrondo. Na ocasião, um engenheiro foi acionado e, após constatar o rompimento de uma coluna de sustentação do edifício, a construção foi evacuada por risco de desabamento.
Depois de um trabalho de recuperação estrutural, feito por um profissional contratado pelo prédio, a Defesa Civil de Palhoça realizou uma nova vistoria no local, verificando que a construção estava apta a ser habitada novamente. Desde então, os cerca 30 moradores estão vivendo, normalmente, no prédio. Não houve mais estruturas comprometidas desde a liberação do prédio.
Na época, moradores tiveram que viver de favor em casas de familiares. Durante o período de incertezas, comerciantes das cinco salas comerciais também precisaram buscar novos espaços para trabalhar.
* Sob supervisão de Luciano Smanioto
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