Em processo de forte mobilização social, a comunidade da Guarda do Embaú finalizou nesta terça-feira (2) a série de três oficinas para a construção coletiva de uma solução para o esgoto da localidade. Os encontros foram uma iniciativa do Comitê Gestor Local da nona Reserva Mundial de Surfe (RMS) - a primeira do Brasil - e foram coordenados pelo engenheiro sanitarista Lucas Arruda, que voluntariamente se propôs a apoiar a causa.
Como resultado final, as oficinas apontaram para um tratamento coletivo descentralizado (uma estação somente para a comunidade da Guarda do Embaú), com tratamento combinando tecnologias com eficiência necessária para as restrições ambientais do local, com destaque para sistemas compactos e sistemas de raízes (wetlands) e à disposição final através de infiltração no solo, com uma perspectiva de reuso futuro dessa água tratada.
Para o engenheiro Lucas, ao finalizar o processo, foi possível perceber “uma comunidade emponderada e esclarecida sobre saneamento básico e as restrições ambientais de sua região; uma mobilização forte para que o tratamento de esgoto saia do papel imediatamente; e opiniões convergentes para que a tecnologia adotada seja eficiente, moderna e proteja efetivamente o Rio da Madre e a zona costeira”.
Para o presidente do Comitê Executivo da RMS Guarda do Embaú, Marcos Aurélio Gungel, o Kito, a conclusão desta etapa merece ser comemorada. “Agora formamos uma comissão e continuaremos atentos e mobilizados, pois uma nova etapa de projeto e obra (de responsabilidade da Prefeitura, que acompanhou as oficinas) se inicia, e pretendemos acompanhar de perto. Antes, porém, aguardamos a audiência pública a ser chamada pela Prefeitura de Palhoça, que irá avalizar nossas oficinas”, destaca Kito.