O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, visitou as obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis na tarde desta quinta-feira (24). Acompanhado de outras autoridades, como o prefeito de Palhoça, Eduardo Freccia, além de executivos da Arteris, o ministro percorreu trechos da obra, incluindo o emboque do túnel 1, em Palhoça, onde participou de um desmonte de rochas.
Durante a visita, Tarcísio Gomes foi atualizado sobre o andamento dos trabalhos e acompanhou a ação, que faz parte do processo de construção de um dos quatro túneis duplos que o contorno terá.
No local, o Ministro da Infraestrutura ressaltou que o Contorno Viário da Grande Florianópolis é “a maior obra rodoviária do Brasil. Estamos falando de um R$ 1,7 bilhão” e que “a obra vai ajudar a diminuir acidentes, diminuir o tempo de viagem e, no final das contas, a reduzir custos”, argumentou Tarcísio Gomes.
Para a construção, que está sob responsabilidade da concessionária Arteris Litoral Sul, como ressalta o ministro, já foram investidos R$1,7 bilhão. Contudo, o investimento total será de R$3,7 bilhões.
Dessa forma, será construído um corredor expresso de 50 km, com pista dupla, seis acessos por trevos, 14 pontes e mais de 20 passagens em desnível. Até o momento, já foram concluídas quatro pontes, seis passagens em desnível, um trevo completo, 11 km de pavimentação, além dos quatro túneis duplos.
“A Prefeitura de Palhoça tem sido braço forte em agilizar os processos necessários para que a obra ande”, comentou Tarcísio Gomes de Freitas. “Nós temos 2.800 empregados diretos na obra e, de fato, nós estamos vendo a coisa acontecer”, pontuou o Ministro da Infraestrutura.
Também acompanhando os trabalhos de perto, o prefeito Eduardo Freccia reafirmou que essa é uma “importante obra para a região e para a Palhoça, pois vai resolver nosso problema de mobilidade”.
E ainda durante o encontro, Freccia conversou com Tarcísio Gomes de Freitas. Durante o diálogo, o prefeito da Palhoça cobrou que “sejam seguidos todos os itens do compromisso firmado entre a Prefeitura de Palhoça, através do ex-prefeito Camilo Martins, com o Ministério”. “Estamos pagando um preço alto pelo desenvolvimento da região, Palhoça se tornou o gargalo da mobilidade urbana da Grande Florianópolis com todas essas obras e o nosso papel será de cobrar que isso acabe no prazo previsto”, pontuou Freccia.
O motivo da ênfase de Eduardo é o debate que a Prefeitura e o Ministério iniciaram em fevereiro de 2019, quando o então prefeito Camilo Martins decretou situação de emergência na mobilidade urbana de Palhoça e, simultaneamente, ingressou na Justiça Federal com uma Ação Civil Pública contra a concessionária Arteris e a Agência Nacional de Transportes Terrestres.
O transcorrer do processo culminou no acordo entre a Prefeitura e a agência, com a promessa de que seria cobrado o cronograma das obras prevendo multa para atrasos e a construção da terceira faixa de Palhoça até Biguaçu.
Por isso, vale salientar que o prazo para conclusão das obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis está estipulado em dezembro de 2023.
Mas esse prazo novo só foi definido após uma audiência ocorrida no ano passado, já que as obras do Contorno Viário foram assinadas em 2008 e deveriam ter sido entregues em 2012.
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