Palhoça vai sediar o Campeonato Sul-Americano e Brasileiro de Windsurf Slalom, que será disputado entre 31 de outubro e 3 de novembro, na Ponta do Papagaio. A expectativa da organização é a de trazer aproximadamente cem atletas para a competição, que deverá proporcionar uma experiência única de interação entre o público presente e os velejadores. A expectativa da Prefeitura, apoiadora do evento, é a de manter a prova no calendário esportivo anual e transformar Palhoça em uma referência nesse esporte.
O evento conta com a chancela da Federação Internacional de Windsurf (IFCA - International Funboard Class Association), da Confederação Brasileira de Vela (CB Vela), da Associação Brasileira de Windsurf (ABW) e da Federação Náutica Catarinense (FNC).
Com tanta entidade acolhendo o campeonato, os organizadores contam com a possibilidade de atrair grandes feras do windsurf sul-americano, como o velejador Wilhelm Schurmann. Os brasileiros devem estar em maior número nas raias da Ponta do Papagaio, mas também são esperados grandes expoentes do esporte na América do Sul, de países com tradição no windsurf, como Peru, Venezuela, Argentina, Chile e Uruguai.
Os organizadores (Bruno Wildner, Cristiano Dias e Renato Hadlich) comentam que a escolha de Palhoça para sediar a competição seguiu critérios técnicos, entre outros aspectos. “A excelente condição geográfica da região proporciona montar a área de competição muito próxima ao público presente no local do evento, permitindo uma experiência única aos espectadores e velejadores”, destaca a organização. As condições de vento previstas para o período do campeonato são amplamente favoráveis, projetam os organizadores. “É a condição ideal para a prática do esporte. A questão de vento, de raia, de beleza do local... Claro que lidamos com elementos da natureza, mas existe um padrão de vento para aquele mês. Se der aquele padrão, tem tudo para ser um grande evento. Vento constante, forte, com raia próxima à praia, ou seja, facilita muito a visualização... Isso levou a gente para lá”, comenta Bruno, que veleja desde os seis anos de idade e já passou por várias modalidades e classes do iatismo, como optimist, hobie cat, kite e windsurf. Hoje, trabalha nos bastidores e encontrou na parceria com Cristiano e Renato a força que precisava para organizar um campeonato dessa envergadura.
Tanto que eles já projetam voos mais altos no futuro, como a realização de um Mundial, em 2020, no mesmo local. “Com este abraço da Prefeitura, dos patrocinadores, tem essa possibilidade grande de trazer uma etapa do Mundial no ano que vem”, comenta Cristiano, que é, também, um dos patrocinadores do evento - sua empresa, a ISSO Wind Extreme, pioneira na América do Sul, fabrica velas e pranchas de windsurf, em São José.
O evento também conta com o apoio do governo do estado, através da Santa Catarina Turismo S/A (Santur), responsável pela promoção e divulgação dos produtos turísticos catarinenses, de acordo com a política estadual do lazer, definida pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Turismo. “Está todo mundo bem contente com o local e com a maneira como as coisas estão acontecendo. A Prefeitura está abraçando a causa e está nos ajudando bastante”, agradece Bruno. “A gente achou interessante botar um evento deste porte no calendário esportivo da cidade”, avalia o presidente da Fundação Municipal de Esporte e Cultura (FMEC) de Palhoça, José Virgílio Júnior (Secco). “A Prefeitura dará um grande aporte estrutural para o evento, seja de som, tenda, banheiro químico, palco... Tudo o que eles nos pediram na parte estrutural, nós conseguimos ajudar”, acrescenta Secco.
Uma grande estrutura será montada na orla da Ponta do Papagaio, em frente à rua 800. Além da competição, o evento vai contar com música (já está confirmado o show do músico palhocense Nathan Malagoli), gastronomia (com foodtrucks) e transmissão em telão. “Isso fomenta a cidade, economia, turismo, mas principalmente queremos trazer estes eventos de grande porte para ter um calendário esportivo fora da temporada. É mais um para concretizar Palhoça no calendário de grande eventos esportivos. É um trabalho que a gente vem galgando há alguns anos na fundação e, com o apoio do prefeito Camilo Martins, a gente tem conseguido ter êxito”, reflete o presidente da FMEC.
Secco também acredita que o evento possa deixar um legado: o de transformar o município em uma referência na prática desse esporte. “Que a gente possa virar calendário do windsurf, fomentar também o esporte aqui, que o pessoal tenha esporte de vela, náutico, porque o nosso litoral é tão belo e tão favorável”, avalia. A mesma avaliação é partilhada pelos organizadores. “É um local novo, que atrai gente, e quem já conheceu se encantou”, garante Bruno. “Os poucos atletas que conhecem já sabem que o lugar é espetacular para a prática do windsurf”, agrega Cristiano.