Estudantes, funcionários e apoiadores do trabalho realizado pela Pró-Crep (Criar, Reciclar, Educar e Preservar) participaram de uma manifestação na última segunda-feira (4), no galpão onde a associação realiza a reciclagem de lixo, na Pinheira. Eles prepararam cartazes com frases como "Reciclar é viver", "Juntos podemos salvar a natureza", "Nossas atitudes podem mudar a natureza e o mundo" e "Preservar a natureza é responsabilidade de todos".
A entidade ainda não conseguiu arrecadar o dinheiro necessário para a reconstrução do telhado do galpão, parcialmente destruído por temporais. O primeiro ocorreu ainda em 2015. Desde então, os funcionários estão desprotegidos, mas mesmo assim continuam realizando o trabalho, improvisando abrigos dentro do galpão para os dias de chuva ou sol forte. "Às vezes, fere a nossa alma quando nós vemos muito descaso de muitas pessoas que têm o poder nas mãos e poderiam ter essa visão da importância desse trabalho", lamenta a professora Hélia Alice dos Santos, idealizadora do projeto.
A Pró-Crep já buscou ajuda junto ao poder público, tanto no Executivo quanto no Legislativo palhocense, mas nem a Prefeitura e nem os vereadores foram capazes de resolver o problema. "Esperamos que em breve as pessoas se sensibilizem pela causa e reparem que esse trabalho é importante para a vida", reflete a professora.
Hélia lembra que em 1997, quando o trabalho da Pró-Crep foi reconhecido nacionalmente, houve uma mobilização e conseguiram arrecadar recursos para a construção do galpão na Pinheira. "Precisa ser reconhecido mais uma vez lá fora para que nós que moramos tão próximo, que estamos dentro do nosso município, tenhamos essa visão? Não dá pra fechar os olhos, não dá pra desistir, precisamos fazer a nossa parte", defende a professora.