Lutadores de Palhoça conquistaram medalhas no Florianópolis International Pro, disputado no domingo (2), no Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis. O evento faz parte do ranking da Federação de Jiu-Jitsu dos Emirados Árabes Unidos e funciona como uma seletiva para o tradicional Mundial de Abu Dhabi.
O faixa preta Léo Augusto, da equipe New School Loyal Brothers BJJ, terminou em segundo lugar na categoria até 94kg. Léo perdeu a final para o polonês Gerard Labinski, de 24 anos, que já foi campeão mundial e é o atual número 166 do ranking internacional. “Em abril, irei representar o município de Palhoça no Mundial de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes”, comemora Léo, que agora vai em busca de patrocínio para viabilizar a viagem.
Categorias de base
As categorias de base não oferecem vagas para o Mundial, mas uma vitória em um evento internacional desta envergadura, com competidores de vários países, como Polônia, Chile, Argentina, Peru, Estados Unidos, Itália e Alemanha, é uma conquista e tanto! Foi o que aconteceu com dois jovens lutadores do loteamento Madri, que treinam com o faixa preta Cícero Santos, no projeto social Cícero Costha Jiu-Jitsu - Lutando pelo Bem.
Thiago Oliveira, de 17 anos, competiu na categoria juvenil, faixa azul, até 60kg. Ele venceu suas duas lutas e ficou com o ouro. “Na primeira luta, eu consegui dar um triângulo voador no moleque, logo no começo, e a segunda luta eu ganhei por pontos. Ataquei uma omoplata e ataquei um estrangulamento que não chegou a pegar, mas consegui duas vantagens por esses ataques”, relata o garoto, que treina com Cícero há seis anos.
Em 2019, Thiago completa 18 anos de idade e passa a competir no adulto. “O Thiago está evoluindo bem, tem algumas coisinhas para ajustar, ainda, até porque no ano que vem queremos participar de campeonatos maiores, que sempre tem mais caras competitivos do que o campeonato regional”, projeta Cícero. A meta a partir de agora é disputar campeonatos nacionais e pelo menos uma luta internacional por ano. Thiago, que terminou o Ensino Médio este ano, aprova a ideia. “Estou pensando em fazer uma faculdade, mas mais como segundo plano. Meu sonho mesmo é lutar, queria continuar com o jiu-jitsu, é um esporte que eu creio que dê bastante futuro, tem muita gente que luta e ganha uma grana legal, e é um esporte que eu gosto. Já lutei muay thai, já lutei MMA, mas o esporte com que eu me identifico mais é o jiu-jitsu e quero seguir carreira. Agora, é dedicação total e foco”, projeta o adolescente.
Quem também deve seguir competindo é o garoto Augusto Alves, ouro na categoria infantil, faixa branca. Augusto tem 11 anos e lutou na faixa de peso até 38kg, uma categoria superior à dele, que seria até 35kg. Como não tinha ninguém inscrito na chave até 35kg, mestre Cícero colocou o aluno para lutar numa categoria acima. “Na primeira luta, o cara era bem mais pesado do que eu, mas na segunda luta tinha o mesmo peso. Na primeira luta, consegui finalizar ele com um triângulo, e na final eu finalizei no arm lock”, conta Augusto, que tem pouco mais de um ano de treino. “É uma luta que eu gosto, as outras eu acho chatas”, observa o garoto, que estuda no colégio Adriana Weingartner, no Caminho Novo.