Jornal Palavra Palhocense: Luciano Pereira, fale um pouco de sua identidade com Palhoça.
Luciano Pereira: Sou natural e morador de Palhoça, filho de Irma e Aloncio (in memoriam). Nasci em 12 de outubro de 1970, em casa, através de parteira. Somos em cinco irmãos, quatro homens e uma mulher. Sempre tivemos uma vida simples, nosso pai era militar, Cabo da Polícia Militar, e era ele quem sustentava a casa no início. Minha mãe trabalhava na Maternidade Carmela Dutra, mas adquiriu enfermidades, que a impossibilitaram de trabalhar fora do lar. Comecei a trabalhar muito jovem, aos sete anos de idade, já vendia picolé nessa idade. Fui engraxate e fiz de tudo um pouco para ajudar em casa. Meu pai sempre nos ensinou sobre o valor da honestidade, do trabalho, da ética e do respeito para com o próximo. Éramos muito conhecidos, principalmente pela figura do meu estimado pai. Nossa casa sempre foi na frente do Centro Espírita Bezerra de Menezes, no Centro da cidade, região de onde guardo muitas histórias.
JPP: Qual a importância que a sua família teve em sua formação como cidadão?
LP: Em 1991, conheci a Jussara, com quem constituí uma linda família, que é meu alicerce. Tenho dois filhos maravilhosos, a Maria Luiza e o Lucas. Minha esposa é pedagoga, professora na rede pública de ensino de São José. Sempre fomos muito presentes na vida de nossos filhos, pois acreditamos que a educação começa em casa, pois foi assim que meu pai me ensinou e é assim que ensino meus filhos. Muito do que sou, devo aos meus pais, principalmente o caráter e o respeito a todos, sem julgamentos. Em minha opinião, valores e educação devem ser iniciados em casa, para que formemos nossos conceitos dentro do que é ético e justo, respeitando o próximo.
JPP: Antes de aceitar o engajamento político, qual foi sua formação?
LP: Estudei no Colégio Militar, fiz vários cursos na área da saúde e me graduei em Gestão Pública. Com 16 anos, tive meu primeiro emprego de carteira assinada, servi ao Exército, pois sonhava em seguir carreira Militar, assim como meu pai. Logo percebi que essa carreira não era minha grande paixão, então, influenciado pela minha mãe, prestei concurso público para o cargo de Agente de Saúde Pública em Palhoça. Também trabalhei no laboratório Santa Luiza por 14 anos, concomitantemente com o trabalho de Agente de Saúde Pública.
JPP: E o gosto pelo sindicalismo começou como?
LP: Em 2013, após muitos pedidos, minha carreira foi projetada para outro viés. Concorri à chapa da presidência do Sitrampa (Sindicado dos Trabalhadores Municipais de Palhoça), e recebi muito apoio da minha família. Esse foi um grande passo. Eu sempre ajudei as pessoas de alguma forma, mas sentia que precisava e podia fazer mais, por isso aceitei esse grande desafio. Vencemos, na época eu e Lecinho já estávamos juntos nesta empreitada. Mas por outro lado, 2013 também foi um ano de grande dor, perdi meu pai em dezembro daquele ano, ele era meu grande incentivador e apoiador da minha trajetória.
JPP: E o gosto pela política começou quando?
LP: Com o reconhecimento e incentivo pelo trabalho realizado no Sindicato em três anos de mandato, ingressei no partido PSB para concorrer ao pleito das eleições de 2016 para vereador do munícipio de Palhoça. Trabalhei intensamente. Eu não tinha recursos para concorrer, mas não desisti, segui firme em meu objetivo, e recebendo muito apoio da família, amigos e colegas consegui então me eleger a vereador. Trabalhar em prol do coletivo do munícipio onde nasci e cresci - essa é minha grande paixão!
JPP: O que o senhor conseguiu realizar enquanto vereador?
LP: Nesses quatro anos de mandato, participei assiduamente e ativamente das sessões e busquei aprovar projetos que fossem importantes para toda nossa comunidade. Dei o melhor de mim enquanto estive à frente como representante desse querido povo palhocense. E, acredito que todas as pessoas do bem, que queiram o melhor para nosso município devem ter essa chance e participar da construção de um munícipio melhor. Por esse motivo, desde sempre optei em contribuir com apenas um mandato de vereador.
JPP: E agora qual o projeto e desafio a seguir?
LP: Realizamos a primeira convenção de 2020 na cidade, na última semana. Estamos em período pré-eleitoral, mas foi lindo ver pessoas de bem empolgadas na candidatura. Busquei um partido que acreditasse em meu potencial e estivesse de acordo com meu jeito de fazer política. Com o Lecinho sendo meu vice, sem coligações com siglas partidárias, com chapa simples e pura, criamos uma coligação apenas com a nossa gente, o nosso povo. Sei que Palhoça merece uma política renovada. Quero que meus filhos e netos se orgulhem de dizer: “Sou palhocense!”.
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