Texto: Isonyane Iris
A algumas semanas de começarem as aulas, a procura pela compra de material escolar é grande no comércio local. Mais movimentadas do que em 2017, os lojistas têm boas perspectivas quanto às vendas este ano. Eles acreditam que, ao contrário de outros anos, em 2018 os pais resolveram se adiantar nas compras.
Nas papelarias, o movimento começa a ficar intenso. Conforme o início das aulas vai se aproximando, a procura pelos melhores preços também se intensifica. "Se comparado com o ano passado, existe melhora. Como as aulas estão começando mais cedo este ano, a compra do material escolar já faz parte do calendário familiar. Estamos preparados para o movimento de volta às aulas. O cliente procura sempre o melhor, então a nossa expectativa é de aumento nas vendas neste início de ano", acredita Noeli Bonfim Dutra, proprietária da papelaria Nota 10, no Jardim Eldorado.
"A lista de materiais a cada ano fica maior", compartilha Ana Claudia de Souza, moradora do Pachecos. Com uma filha de 12 anos, ela conta sobre o trabalho que enfrenta todos os anos na hora de comprar os materiais. "Eu faço uma pesquisa de preço em pelo menos três lugares diferentes, afinal, a lista e os preços a cada ano estão maiores. Percebi muita diferença do ano passado, onde os produtos estavam caros, mas pelo menos tinha mais promoções. Este ano estou achando os valores bem altos, parece que os lojistas combinaram para fazer tudo tabelado, porque os produtos estão com diferenças pequenas, entre R$ 3 e R$ 5, o que não nos deixa muita opção de economia", reclama.
Segundo os pais, uma boa dica para economizar seria deixar os filhos em casa. Sem que os pequenos escolham seus materiais e se deixem ser levados por marcas ou mesmo por produtos com estampas de personagens da moda, fazer economia fica muito mais fácil. "Trazer os filhos é a mesma coisa que não economizar nada. Eles se encantam com tudo que está pela frente, sem olhar para as etiquetas, o que só serve para nos deixar de cabeça cheia e de bolso vazio", lamenta a mãe Fernanda Isabel Dias, moradora do Caminho Novo.
Guilherme da Silveira Gerent, proprietário da Papelaria Palhoça, explica que, para garantir bons preços aos seus clientes, chegou a procurar novos fornecedores. "Estamos com um ótimo movimento. Em relação aos preços dos materiais, o aumento que tivemos não foi nada acima da inflação, o que é considerado pequeno. Para melhor atender nossos clientes, buscamos novos fornecedores e com isso conseguimos ótimos preços, temos uma ótima expectativa para as vendas desse ano", projeta.
Em compras de material para os dois filhos, Clarisse Hoffmann afirma que sentiu diferença nos preços e que achou que fez uma boa economia em se adiantar nas compras. "Eu sempre espero as promoções de última hora, mas confesso que comprar antes de todos me ajudou a conseguir mais opções de produtos o que eu achei uma ótima economia", elogia a moradora da Guarda do Cubatão.
Alguns pais têm buscado outra alternativa de compras: as lojas virtuais. Com preços bem abaixo das lojas físicas, as compras pela internet têm sido uma opção para quem busca economia, afirma Luiz Carlos Folster, morador do Aririú. "Fiz alguns orçamentos e foi gritante a diferença entre estabelecimentos físicos e virtuais. A mesma lista de material que saiu por apenas R$ 123 em uma loja virtual, custa R$ 289 em um estabelecimento físico, uma diferença grande para quem busca produtos de qualidade e por um preço justo", compara o administrador.
Orientações
Os preços de materiais escolares variam muito entre lojas, inclusive online, por isso é importante pesquisar e planejar as compras para economizar sem ter que abrir mão da qualidade nos estudos das crianças.
Fonte: Reinaldo Domingos, do canal "Dinheiro à Vista"