O cantor, músico e compositor carioca Léo Roots visitou a redação do jornal Palhocense na última terça-feira (12), na jornada de divulgação de seu trabalho autoral, liderado pela música “Cidade na Hora do Rush”, um reggae gostoso de ouvir, que tem conquistado rádios em toda a América Latina.
O reggae é apenas um dos ritmos influentes no trabalho do compositor, que caracteriza seu estilo como “afropunk”. “Intitulei meu som como afropunk pelo meu visual e pela característica das músicas que eu componho, em que eu coloco maracatu, groove, reggae. É um estilo de vida”, explica o músico, que exibe o tradicional penteado dreadlock do movimento rastafari, roupas bem coloridas e um sorriso de “menino do Rio”; um visual “alegre e libertador”, como ele mesmo define.
Aliás, ainda menino, com 15 anos, começou a carreira na música, influenciado pelos pais. Léo nasceu no berço de uma família muito musical, que sempre o incentivou. Formado em Música, já tocou com ícones da música brasileira, como Sandra de Sá e Luiz Melodia, e já se apresentou no país todo, inclusive abrindo shows de bandas como Cidade Negra e O Rappa. Recentemente, fez uma turnê pelo Nordeste. No repertório, músicas de artistas como Belchior e Zé Ramalho e muito trabalho autoral, ancorado em músicas como “Maria”, “Amor e Reggae” (sucesso nas rádios) e “Quero Jah”, além do carro-chefe do atual momento da carreira, “Cidade na Hora do Rush”. “Aqui vocês falam fila, lá a gente fala engarrafamento, então a música fala disso, de trânsito, uma coisa bem urbana, bem do cotidiano do brasileiro”, conta Léo, que resolveu incorporar o “Roots” ao nome artístico por sugestão do sambista Luiz Reza Forte, que sentiu em suas canções uma identidade com as raízes da música brasileira (daí o nome “Roots”, que significa raiz, em inglês).
Na careira solo, Léo Roots gosta de experimentar a liberdade de misturar baião, xote, reggae, soul e groove com o “molho do tambor da Bahia”. “Não componho em um estilo específico. Componho a música, e depois vou ver o que eu vou fazer com ela”, explica o músico, que tem parceiros em várias vertentes, até no rap - “Cidade na Hora do Rush” foi composta em parceria com um rapper. Fã de Ney Matogrosso, Léo Roots sente que seu trabalho autoral amadureceu a um ponto em que decidiu investir na carreira solo. “Vou fazer este som afropunk, vou usar essas roupas coloridas que eu uso, batas, dreadlocks, tudo tem um significado, tudo tem uma história”, ensina.
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