O lutador de MMA Léo Augusto, radicado em Palhoça, vai representar o município em um dos maiores eventos das artes marciais mistas em Santa Catarina, o São José Super Fight, que será realizado neste sábado (13), na Arena Multiuso de São José.
Léo, que defende a própria equipe, a NS Loyal Brothers BJJ, vai encarar o lutador Flávio Ayouze Moura, da Bull Terrier Team, em combate válido pela categoria até 77kg. Os dois já se enfrentaram em outra oportunidade, e o atleta de Palhoça levou a melhor. “Vai ser uma revanche. Já lutei com ele em 2017 e ganhei por finalização, com um triângulo de mão”, lembra. “Ele é mais trocador, sei que ele vai vir para querer me nocautear, mas meu jogo não muda, independente da característica do adversário”, afirma o lutador de Palhoça, que tem como característica principal a luta no chão.
Apesar de também ter a faixa preta no muay thai, Léo prefere utilizar as armas do jiu-jitsu no octógono. “O cara que eu mais me espelho no MMA é o Demian Maia. Também me inspiro no Royce Gracie no jiu-jitsu, ele lutava de quimono, mas era outra época. O Demian é um lutador de MMA que faz grappling, o jiu-jitsu sem quimono, e é um cara muito inteligente”, elogia o lutador, de 47 anos.
Nem o fato de enfrentar um atleta cerca de 20 anos mais novo e nem a estreia em um evento com o peso do São José Super Fight parecem incomodar o experiente lutador, que já tem sete lutas no MMA. “Vou ser o cara mais velho que vai estar lutando no São José Super Fight, que é o terceiro maior evento do Sul e o primeiro de Santa Catarina, com certeza. Poucos caras aceitariam uma luta como esta”, diz o faixa preta. “Eles nunca botam um velhinho pra lutar comigo, é sempre um novinho”, diverte-se.
O lutador de Palhoça está fazendo uma preparação específica para esta luta: faz sparring de uma a duas vezes por semana, treina jiu-jitsu de segunda a sábado, está fazendo preparação física em academia e faz treinos sem quimono de grappling e wrestling. “Estou bem tranquilo. Não vou pra luta com a cabeça de ‘ganhar ou perder’, entro para deixar o meu melhor lá”, projeta o atleta, que vai entrar no octógono ao som de “Muleque de Vila”, do cantor Projota.
Relembrando sua trajetória no MMA, Léo aponta uma coincidência curiosa: nenhuma das sete lutas que disputou passou do primeiro round. Foram cinco vitórias por finalização, um empate (levou duas joelhadas ilegais na cabeça no final do primeiro round, soou o gongo e, no intervalo, a médica do evento não permitiu que ele retornasse à luta, que terminou empatada) e uma derrota diante do experiente Jadyson Costa, ex-lutador do Pride, logo na estreia nos octógonos.
Depois do São José Super Fight, Léo Augusto pretende encarar o Pan-Americano de jiu-jitsu, em julho, em Imbituba, e depois o Floripa Open, competição onde coleciona mais de 10 títulos ao longo da carreira.