O Ginásio de Esportes João Ivo Martins (Caranguejão) vai receber, neste domingo (14), a Copa DEC de Taekwondo. A equipe do projeto Reação nos Bairros, renomado celeiro de atletas na Barra do Aririú, já confirmou presença. Entre as feras que estarão competindo pelo time comandado pelo mestre Vanderlei Santana estará um garoto de 13 anos que é apontado como um prodígio do taekwondo palhocense: Kauã Ribeiro de Souza.
A equipe chega motivada após conquistar o segundo lugar no 1º Open Massaranduba Taekwondo, na “capital catarinense do arroz”. Um segundo lugar dourado, já que a equipe levou oito atletas e conquistou oito ouros. Kauã foi um deles. Foi a 23ª medalha da sua galeria, em menos de três anos nos tatames. “Acho que foi o irmão do namorado da minha mãe que convidou para treinar, aí eu comecei a treinar com ele, ele parou de dar aula e eu comecei com o mestre”, relembra o garoto. O pai, Silvio, bem que tentou apresentá-lo ao esporte que pratica, o jiu-jitsu, mas Kauã preferiu o taekwondo.
O esporte passou a ter uma relevância tão grande na rotina do garoto da Barra do Aririú que já divide a preferência com a grande paixão nacional, o futebol. Fã do argentino Lionel Messi, Kauã treina como lateral-direito nas categorias de base do Figueirense. Quando coincide os dias de treino, sai do CT do Cambirela, no Pachecos, diretamente para a aula de taekwondo.
Tanto empenho tem sido recompensado pela rotina de conquistas. “Não é normal esta quantidade de medalhas nesta idade, e quase todas as medalhas são de primeiro lugar”, elogia mestre Vanderlei. Para o técnico, Kauã tem tudo para se firmar como um atleta competitivo a nível nacional. “Eu acredito que o Kauã é um dos prodígios do taekwondo. Vai ser campeão brasileiro já no ano que vem, se mantiver a forma, se mantiver o ritmo de treino”, projeta o treinador.
Em 2019, o garoto da Barra deve entrar no Brasileiro, na categoria Cadete, já como faixa preta. Hoje, é faixa vermelha, mas no dia 21 já deve receber a ponta preta, e até o final do ano, pode ganhar a tão sonhada faixa preta. “Dali pra frente, é só pedreira”, avalia o mestre Vanderlei.
A julgar pelo potencial, ele é que é pedreira para os adversários! Silvio lembra de uma competição em que o treinador do adversário não permitiu que ele lutasse com seu filho, tamanha a disparidade técnica. “Não é porque é meu filho, mas o moleque é atentado. E o trabalho aqui é muito bom. Então, o moleque está voando, nos dando orgulho. E é uma coisa que ele gosta de fazer”, diz o pai.
Silvio garante que ele e a mãe de Kauã - hoje, o casal está separado - vão continuar dando total apoio ao filho dentro do esporte. O que não é tarefa fácil, considerando os custos envolvidos. Além de custo com uniforme e material como proteção e luvas, ainda tem as despesas com viagens, com inscrições nas competições e até com as trocas de faixa - só para receber a faixa preta, a família vai precisar desembolsar dois salários mínimos. Silvio, que trabalha com fabricação de móveis, bate na porta dos amigos em busca de apoio - quem quiser ajudar com patrocínio, pode procurar maiores informações pelo telefone 98506-6350. Afinal, pode ser caro manter um filho treinando e competindo, mas não há preço que não se pague pelo sorriso de um vencedor.