As chuvas registradas durante o mês de julho em Santa Catarina ficaram abaixo da média esperada para o período em todas as regiões. É o que aponta a edição do Boletim Hidrometeorológico Integrado publicada na última quarta-feira, 4. Em consequência, aumentou o número de municípios em situação de atenção em relação à estiagem e aos impactos nos serviços de abastecimento urbano.
Dos 279 municípios que responderam ao levantamento feito pela Defesa Civil, Agências Reguladoras e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), 96 estão em estado de atenção, dois em alerta e três em nível crítico. Outros 178 municípios estão em situação de normalidade.
Em 8 de julho, quando foi publicada a edição anterior do Boletim Hidrometeorológico, o número de municípios em estado de atenção era de 37, nove estavam em alerta e três em situação crítica frente à estiagem. Em todo o estado, praticamente não choveu em julho. No Litoral Norte a ausência de precipitação variou entre 24 e 26 dias, já na maior parte de Santa Catarina foram até 28 dias sem chuva durante o mês.
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Embora o aumento das cidades em situação de atenção, menos municípios estão com algum tipo de comprometimento no abastecimento urbano em consequência das chuvas que ocorreram em junho. “Mesmo assim, são mantidas a necessidade de mobilizações e medidas de mitigação, bem como campanhas de uso racional e consciente da água, tendo em vista que a previsão, em longo prazo, é de manutenção das chuvas esparsas e abaixo da média em algumas regiões. Vamos seguir monitorando se essa previsão irá se confirmar”, afirma o secretário executivo do Meio Ambiente de Santa Catarina, Leonardo Porto Ferreira.
Previsão
A previsão para os próximos dias é de tempo seco na maior parte do Estado. Já na segunda quinzena de agosto há possibilidade de chuva, especialmente nas regiões mais próximas do Rio Grande do Sul, devido à passagem de frentes frias. "Com a perspectiva de chuva ainda abaixo da média neste mês, daremos continuidade no monitoramento da situação de forma quinzenal. Ainda vale destacar a necessidade do consumo de água de modo consciente, cada um deve fazer sua parte para ajudar a combater os impactos negativos da estiagem", pondera a gerente de Fiscalização de Saneamento da Aresc, Luiza Burgardt.
A previsão para o trimestre de agosto, setembro e outubro é de que a chuva, até o fim do inverno, se mantenha abaixo do normal para áreas do Oeste e na média ou um pouco acima no Litoral. A partir do final de setembro, com o início da primavera, a tendência é de retorno da chuva mais regular, mas ainda ligeiramente abaixo do esperado para o mês de outubro. É importante que se acompanhem as atualizações dos órgãos competentes para verificar se essa previsão se confirmará.
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