Por: Willian Schutz*
Surpreendente e ameaçador. Era uma quarta-feira comum para a jovem Flávia Dias. Estava em sua casa, no Morro do Gato, fazendo os afazeres domésticos. No quintal, seus dois cães brincavam. Foi quando algo inesperado aconteceu. Flávia ouviu uma movimentação estranha e um chamado em frente à sua residência. Ao atender, deparou-se com um homem segurando um de seus cães, o qual acabara de assassinar com um tiro na boca. O fato ocorreu na semana passada.
O animal morto era Lion, um pequeno cão da raça lhasa apso, que, como Flávia conta, era tranquilo, mas brincalhão.
A jovem de 21 anos relata que o autor do disparo disse que Lion estava “matando as galinhas dele”. “Isso não é verdade”, contesta. “Ele ainda apontou a arma para mim e disse que era para eu prender o meu outro cachorrinho, senão ia matar ele também”, alega Flávia, que diz ter ficado em desespero.
Ainda segundo a jovem, o homem também disse as seguintes palavras: “Isso é para tu aprender a não deixar teus cachorros soltos”.
Flávia ficou com medo de permanecer morando na casa onde tudo aconteceu. “Eu tive que me mudar, o que é uma pena, porque eu só estava morando lá há um mês”, conta a jovem, que deixou a residência no mesmo dia do ocorrido e vive temporariamente com parentes.
No dia seguinte, quinta-feira (18), ela também registrou boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil de Palhoça. Conforme descrito no boletim, o ato configura: maus-tratos contra os animais, disparo de arma de fogo e ameaça.
As autoridades identificaram o autor do disparo e foi instaurado um inquérito policial para apurar os fatos. Até sexta-feira (26), Flávia deverá dar um novo relato sobre o ocorrido e o acusado prestará depoimento posteriormente ao depoimento da vítima e das testemunhas indicadas.
A jovem agora busca um novo local para morar, fugindo do medo e das lembranças aterrorizantes, enquanto segue com a “esperança de pelo menos conseguir justiça”.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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