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Heróis de uma guerra invisível

Profissionais da saúde são os primeiros combatentes na linha de frente

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Enquanto a maior parte da sociedade está em casa, de quarentena, os guerreiros da saúde estão na rua, nos hospitais, nos postos de saúde, nas equipes de socorro, em toda a extensão da linha de frente nesta batalha de enfrentamento a um inimigo invisível e potencialmente perigoso. Médicos, enfermeiros e socorristas arriscam suas vidas para proteger a vida dos outros.

A médica Fernanda Scapinello, infectologista lotada na Secretaria de Saúde de Palhoça, elogia a união das equipes da Saúde, da Educação (que cedeu espaços para a vacinação contra outro vírus, o do Influenza), da Defesa Civil e de todos os órgãos e trabalhadores que estão ainda atuando, inclusive na imprensa. “Todos nós que estamos trabalhando estamos saindo da nossa zona de conforto, isso é muito difícil, e eu tenho visto uma disponibilidade quase emocionante de todo mundo, todo mundo quer chegar no melhor resultado, e eu acho que este é o caminho mais correto que temos a trilhar agora”, declara a infectologista.

O técnico em Enfermagem Jonas Burda Junior, que atua no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Palhoça, diz que os profissionais da linha de frente estão procurando manter suas rotinas de forma “normal”. “Claro que estamos vivendo um clima de tensão. Estamos encontrando dificuldades com a quantidade de EPIs (equipamentos de proteção individual) fornecidos, visto que há falta no mercado para compra, devido à grande demanda”, relata o profissional. “O nosso serviço não para! Estamos 24 horas em alerta”, completa Gabriel Werlich Coelho, socorrista e técnico de Enfermagem do Samu Palhoça.

“Normal”, assim, entre aspas, porque a rotina está muito longe do que costumava ser antes da pandemia do Covid-19. “Nossa rotina mudou. Em todo atendimento que há suspeita de Covid-19, temos que nos paramentar com os EPIs completos, o que é bastante minucioso. Após cada atendimento, devemos realizar desinfeção terminal da viatura e dos materiais utilizados. Há um protocolo a ser seguindo, que é totalmente minucioso e acaba por demandar muito mais tempo do que uma ocorrência normal”, destaca Jonas. “Estar na linha de frente é algo gratificante e ao mesmo tempo desafiador! Estamos acostumados diariamente a atender acidentes graves, AVCs, parada cardiorrespiratória, mas vivenciar esse vírus é algo totalmente diferente devido ao seu grande grau de disseminação, e por isso, estamos correndo um grande perigo de contaminação”, acrescenta Gabriel.

Todo cuidado é pouco diante de um vírus agressivo, mesmo que apresente uma taxa de letalidade baixa na população jovem e saudável. “O vírus é altamente contagioso. O contágio se dá através de gotículas de espirro ou catarro, por exemplo. Tem grande resistência, podendo durar até nove dias em superfícies. Um dos problemas enfrentados é que a grande maioria dos transmissores são adultos saudáveis que não apresentando qualquer sintoma ou apresentam sintomas leve de resfriado. Por isso, tomamos todas as medidas de proteções necessárias”, garante Jonas. 

Os profissionais que estão em contato com possíveis infectados estão expostos a cargas virais muito maiores do que as pessoas que eventualmente estejam expostas ao contágio em uma situação cotidiana. “Temos família. Somos pais e filhos. Nosso maior receito é contrair, não apresentar sintomas e transmitir a nossos entes queridos. São poucos os colegas que conseguem manter o isolamento social, mantendo somente a rotina de trabalho”, destaca Jonas, que mora sozinho. Após cada plantão, volta para casa e segue uma rotina de limpeza, tanto da casa quanto das roupas usadas no trabalho. “Mantenho meu isolamento, só saindo se necessário. Tenho uma filha de um ano e dois meses que vejo por fotos ou vídeo-chamadas. Informei a mãe dela que só irei pegá-la após o controle desta situação. Meus pais são idosos com doenças crônicas, são do grupo e risco por inúmeros fatores. A distância da família é péssima, bate saudades, e nesse momento de estresse, seria o nosso ‘remédio’ para aliviar um pouco a tensão. Mas entendo que é necessário para resguardá-los. Infelizmente outros colegas não têm essa possibilidade, e a rotina de precauções se torna muito maior e mais estressante. No final deste caos, teremos problemas devido à sobrecarga emocional”, projeta o socorrista.  “Todos temos família e o nosso único pedido todos os dias para Deus é para que possamos retornar para nossa casa sem levar o vírus! Sem ser contaminado e sem contaminar ninguém! Nesse momento, é muito importante que as pessoas idosas não saiam de casa”, receita Gabriel, que faz um comparativo: durante esse período de isolamento, baixou e muito o número de acidentes de trânsito, o que é importante para não sobrecarregar os leitos de hospital.

Mas o “caos” ainda está longe de terminar. A previsão é a de que haja um aumento de casos nas próximas semanas. Menos mal que as medidas de isolamento social adotadas logo no início das transmissões comunitárias, respeitadas por grande parcela dos catarinenses, permitiram a Santa Catarina controlar a curva de contágio. “Se mantivermos as medidas, poderemos ter sucesso e não chegar aos níveis assustadores de outros países”, compara Jonas. “Até que se consiga uma redução significativa na curva de transmissão, deve-se manter o isolamento social. Infelizmente, nosso sistema de saúde pública já vem sobrecarregado no seu dia a dia. Com o aumento da demanda de pacientes, há grande chance de colapso. Esse é o pedido que nós, profissionais da saúde, pedimos para todos: fiquem em casa”, finaliza o socorrista. 



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