Por: Sofia Mayer*
Desde a última semana, não param de chegar registros de furtos de peças de ônibus em Palhoça. A situação da vez acontece em um terreno na Ponte do Imaruim, que funciona como depósito para coletivos de duas empresas de transporte da região. A constância e a facilidade com que as ações ocorrem, também à luz do dia, passou a preocupar moradores das proximidades, que temem serem os próximos alvos dos grupos.
Segundo um leitor, que prefere não se identificar, os furtos não são novidade, mas eram mais comuns durante o verão: “De uns tempos pra cá, ficou mais intenso”, conta. Ele afirma que possui uma série de imagens comprovando as ações, que acontecem dia e noite, sem grandes empecilhos. “Ontem, eles tiraram duas portas dos ônibus, e deixaram ali no lado do muro. Parece que, de madrugada, alguém levou uma delas”, relata.
Há duas semanas, a equipe de reportagem tem recebido denúncias vindas de vizinhos e as imagens têm movimentado as redes sociais do jornal Palhocense. Os moradores estão tão apreensivos que criaram um grupo no Whatsapp para compartilharem informações e auxiliarem na segurança do condomínio, comunicando quando avistam os ladrões entrando em ação. Há uma mobilização para registrarem Boletins de Ocorrência (BO).
A suposição é de que os fragmentos sejam vendidos em ferros-velhos: “Eles desmontam os ônibus, possivelmente para vender as peças e comprar drogas”, comenta o munícipe. Alguns ônibus já estariam há tanto tempo no local que começaram a sofrer processo de deterioração.
Providências
Após terem entrado em contato com a Jotur, uma das empresas que guardam veículos no terreno, moradores foram informados de que as câmeras de segurança já estariam direcionadas para o muro, a fim de registrar os autores e auxiliar na captura dos infratores.
À reportagem, a empresa esclareceu que os ônibus que sofreram danos são da outra empresa, mas garantiu que colocou vigilantes, desde a última semana, para realizar rondas. A Jotur comunica ainda que já registrou um BO.
Investigação
A Polícia Civil (PC) tomou conhecimento sobre a situação nesta quinta-feira (10) e informou que vai enviar o caso à Delegacia de Polícia (DP) para investigação. A instituição possui um projeto com ações de fiscalização em ferros-velhos.
Sob a supervisão de Alexandre João Bonfim da Silva
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