28b9699ef83d4e6b7e945f462ad2aceb.jpeg Rajadas de vento derrubam ao menos duas árvores em Palhoça

a2f8977f0e7597f90e7d86d65694b15f.jpg Defesa Civil alerta para riscos de temporais e agitação marítima em Santa Catarina

c3a617f9c40c6b2bcba437f7dc583bd7.png Águas de Palhoça inicia chamamento público para serviço de verificador

a2244fd2ad6b573f5dee9091717071b5.jpeg Relatório do IMA analisa balneabilidade nas praias de Palhoça na semana do feriadão

133df88ff1527b92ca757297a0470b69.jpeg Alunos do Programa de Educação Musical de Palhoça apresentam concerto

6527a2d7d24c0af020c8a55517ff9e18.jpeg Festival Solidário da Pró-Crep reúne ações culturais e socioambientais

af662679ca85149c7152db5017355b1e.jpg Premiação Trajetória Cultural Palhocense: FMEC divulga inscrições deferidas

3f5a34724984249b39fb4b9527c3d370.jpeg Centro Cultural recebe exposição no Mês da Consciência Negra

d4dd8eca14c950d508336c85ee5b9039.jpeg Jovem de Palhoça conquista medalha nos Jogos da Juventude Caixa

ee05e058856a08c8d6de3d64e4e969b8.jpeg Programa Educa+Esporte realiza capacitação de basquetebol

6c8ea95c8d3178d84e72de169f612fd2.jpeg Palhoça terá equipe na badalada estreia do surfe nos Jasc

0a89397242042586eb759db06068e2a0.jpeg Atleta de Palhoça integra equipe brasileira de tiro com arco no Oriente Médio

c69cabc404913995e3ac2597c3282619.jpeg Amor pelo jiu-jitsu: mãe e filhos participam da mesma competição

FGA faz acolhimento a vítimas de violência

Instituição busca parceria com a Prefeitura de Palhoça

825d8dbe2e199b5ef9910b254e19681c.jpg Foto: LUCIANO SMANIOTO

Outra proposta que está sendo estudada pela Câmara de Vereadores é a construção de um abrigo para receber mulheres em situação de violência doméstica. Hoje, o município paga, esporadicamente, por vagas em instalações externas. “Esta mulher que sofreu violência, ela não pode voltar para casa. A gente quer fazer algo mais humanizado, porque ela chega num hotel, por exemplo, e olha para as paredes brancas, para a TV... Então, queremos que ela tenha um acompanhamento e suporte pela nossa própria rede”, afirma a vereadora Mariah Terezinha do Nascimento Pereira (PSB).

Enquanto não constrói um abrigo próprio, uma opção seria estabelecer um convênio com entidades que ofereçam esse tipo de serviço. Representantes de uma dessas instituições, a Für Gott Arbeit (FGA), estiveram na Câmara de Vereadores no dia 26 de setembro do ano passado para mostrar aos parlamentares palhocenses o trabalho que realizam e os números da violência contra a mulher em Palhoça. Números que são preocupantes. Em 2017, a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami) de Palhoça divulgou um balanço revelando que a violência doméstica contra a mulher liderava as estatísticas entre os 5.359 Boletins de Ocorrência registrados na delegacia.

Os dados de 2018 devem ser divulgados em março e não devem ser muito diferentes. Os casos de violência contra a mulher se multiplicam nos noticiários do país inteiro. E além de combater a situação na esfera criminal, é preciso, também, trabalhar o aspecto social. Enquanto a Justiça não determina as medidas protetivas que a lei dispõe, a mulher precisa ficar sob o mesmo teto do agressor? Como fazer se não há parentes por perto? É nesses casos que a FGA pode atuar. “Nós somos uma instituição sem fins lucrativos, pioneira nesse atendimento aqui. Começamos em São José, porque a violência era um dos focos maiores e decidimos montar um serviço que acolhesse essas mulheres”, explica Oclides Rodrigues, diretor institucional da FGA. “A gente detectou, na cadeia dessa violência, que a mulher vinha à delegacia registrar o B.O e não sabia o que fazer: como voltar para casa ou levar o filho de volta para casa se o agressor está lá? Boa parte tenta fugir para longe, eram orientados a buscar parentes ou então ficar na casa enquanto a Justiça não determinasse uma medida protetiva. Foi onde surgiu o serviço de acolhimento”, detalha.

O acolhimento é feito em um complexo amplo, em um lugar com ambiente acolhedor, equipado com lavanderia, refeitório, dormitórios e sala para o contato com visitas. Tem até piscina e um espaço de brinquedoteca para os filhos das mulheres acolhidas – aliás, as próprias crianças podem, também, permanecer na casa de passagem. Ali, as mulheres também recebem assistência social, jurídica e psicológica. O atendimento é personalizado. É desenvolvido um plano individual de atendimento, onde são trabalhadas as potencialidades e as fragilidades de cada mulher acolhida.

A instituição também se preocupa com a reinserção dessas mulheres na sociedade, especialmente no mercado de trabalho. Por isso, questão de capacitação profissional e empregabilidade também são trabalhadas. “Já atendemos aproximadamente 500 mulheres nesse período todo, e todas estão no mercado de trabalho. Isso que os dá esse ânimo de todos os dias ter essa batalha, porque é uma política eficiente”, garante o diretor institucional. Além de conseguir um emprego, através da sua rede de parceiros a FGA consegue a doação de móveis e até o pagamento do primeiro mês de aluguel para este momento de recomeço na vida dessas mulheres.

A casa de acolhimento, hoje, tem capacidade para até 60 pessoas; há um convênio com o município de São José, desde 2011, para o atendimento de até 30 acolhidos; 10 mulheres moram, atualmente, no local. Como há vagas disponíveis, a instituição começou a procurar outras Prefeituras para oferecer o serviço, e uma dessas Prefeituras procuradas foi a de Palhoça. A FGA já atendeu uma família palhocense. “Teve uma mulher em Palhoça que o ex-marido era integrante de um grupo criminoso que atua no tráfico de drogas. Ela ficou acolhida durante um mês. Foi em 2017, o caso envolvia a questão de abuso sexual da filha do casal. Foi um caso bem grave, que abalou bastante Palhoça, e como não existia o convênio, nós nos sensibilizamos com a história e bancamos essa mulher aqui durante um mês”, recorda Oclides. 


Saiba mais

A organização da sociedade civil Für Gott Arbeit (FGA) existe desde 2003. Apesar do nome, é uma instituição brasileira - havia muitos alemães entre os fundadores, por isso o nome em alemão, que significa, em uma tradução livre “Para o trabalho de Deus”

A FGA atua no assessoramento de instituições públicas e privadas, contribuindo para a captação, elaboração, execução, planejamento, prestação de contas, monitoramento e avaliação de projetos, programas ou serviços

Sua atuação é reconhecida e já lhe concedeu importantes certificações tais como: Cadastro Nacional de Entidades Beneficentes de Assistência Social concedido através da Portaria nº 82 de 30/05/2017, item 12, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário; declarada de Utilidade Pública Estadual, através da Lei nº 16.639/2015.

Possui atuação em conselhos de políticas públicas, tais como assistência social e criança e adolescente



Galeria de fotos: 2 fotos
Créditos: LUCIANO SMANIOTO LUCIANO SMANIOTO
Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ea73bab336bac715f3185463fd7ccc14.jpg