Por: Willian Schutz*
O relato sobre um equívoco médico em uma unidade de pronto-atendimento (UPA) de Palhoça vem circulando nas redes sociais. É o caso de um menino de apenas 11 anos, que teve diagnóstico tardio e precisou ser hospitalizado. Quando atendido na UPA do bairro Bela Vista, ele foi diagnosticado com mal-estar intestinal, mas na verdade sofria de apendicite - grau 4, o estado mais grave da doença.
Mesmo após ter passado por dois atendimentos na UPA da Bela Vista, o menino só recebeu o diagnóstico após ser levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, onde teve de passar por uma cirurgia e precisou permanecer internado durante 11 dias. “Minha esposa foi na segunda-feira na UPA, porque ele já estava sentindo muitas dores no lado direito da barriga. Mas a médica tinha dito que não era nada grave. No dia seguinte, ele estava com mais dor ainda”, introduz o pai do menino.
Nessa situação, o responsável pelo menino teria até desconfiado qual a causa das dores, mas supostamente fora contrariado pela pediatra que prestou atendimento. “Eu mesmo sugeri que poderia ser uma apendicite, que seria bom fazer um raio-X ou encaminhar para outro especialista, mas a médica disse que se fizesse, só encontraria fezes acumuladas, e me prescreveu alguns remédios para regulagem do intestino", pontua o pai.
“Ele estava com dores desde domingo, umas 5 horas da tarde. Na segunda-feira, umas 7 da manhã, levei ele na UPA e a doutora falou que era só uma dor de barriga e que apendicite dói do lado esquerdo, não no direito”, completa a mãe da vítima.
A reportagem do Palhocense entrou em contato com a médica para ouvir sua posição em relação ao caso, mas a pediatra declarou não querer prestar nenhum depoimento.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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