A mudança de sede da Biblioteca Municipal do atual espaço, no Centro, para a Faculdade Municipal de Palhoça (FMP) tem gerado protestos de diversos estudantes e entidades educacionais. Na segunda-feira (2), apoiadores da manutenção do endereço solicitaram uso da Tribuna da Câmara de Vereadores para explicar seu ponto de vista e pedir apoio dos legisladores.
Os estudantes entregaram abaixo-assinado pedindo a permanência da biblioteca. Eles argumentam que a mudança de sede irá prejudicar o acesso à biblioteca, que hoje está localizada na região central da cidade, para onde convergem estudantes de todas as regiões de Palhoça, inclusive os bairros mais distantes do Sul. Além dos livros, os estudantes também podem usar computadores com acesso à internet, espaço para estudar e cópias a preços acessíveis.
A participação na sessão da Câmara surtiu efeito e eles conseguiram uma reunião com o prefeito Camilo Martins, na terça (3). Representantes da União Palhocense de Estudantes Secundaristas (Upes), do Diretório Acadêmico da FMP, do IFSC de Palhoça e da Biblioteca Municipal conversaram com o prefeito. Camilo reafirmou o discurso original sobre corte de gastos. “Entendemos que em mais uma gestão o corte de gastos é mais necessário do que a manutenção e o investimento em questões de utilidade para a população, e ainda sendo Palhoça uma cidade sem símbolos culturais e educacionais. A conclusão da reunião com o prefeito foi que a biblioteca vai sair de onde se encontra, e passar por mais uma mudança. Sendo essa a 11ª mudança em 42 anos de sua história, reforçando ainda mais o esvaziamento de uma identidade para a biblioteca”, lamentam os estudantes.
Os apoiadores do movimento seguirão lutando pela permanência da biblioteca e irão chamar uma audiência pública para pontuar a questão cultural na Palhoça.