Por meio de diversos golpes, J.D.J. construiu uma vida de luxo nos Estados Unidos. Isso, até ser preso no último dia 27 de setembro, por crimes envolvendo estelionato e formação de quadrilha, com os quais faturou indevidamente quase R$ 80 milhões. O golpista já era conhecido das autoridades americanas e brasileiras pelos diversos golpes que aplicou. Tanto que, há quase 11 anos, chegou a ser preso em Palhoça.
O nome do brasileiro voltou a ser comentado nos veículos de imprensa nacionais e americanos nos últimos dias, uma vez que ele foi sentenciado há 48 meses de prisão.
O criminoso foi declarado culpado por enganar vários empresários, lhes dando um prejuízo total que ultrapassa o valor de US$ 15 milhões. Por isso, além de ser preso, o estelionatário terá de pagar a restituição de todo esse valor.
Entre entradas e saídas da prisão, o homem de 48 anos é acusado de chefiar uma organização criminosa que vitimou empreendedores em Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Bahia.
Em uma de suas prisões, o homem foi capturado em Palhoça, no final de 2010. Na ocasião, ele estava com US$ 10 mil e R$ 2 mil. Com esse valor, autoridades acreditaram que o estelionatário já arquitetava uma tentativa de fuga do país. Na época, junto de outros comparsas, ele aplicava o “golpe das debêntures”.
Para isso, ele utilizava seus amplos conhecimentos sobre o mercado financeiro e oferecia assessoria para empresas com potencial de crescimento, além de aportes financeiros de fundos de pensão e investimentos. Assim, exigia pagamentos antecipados. No entanto, as promessas não eram cumpridas. E os valores recebidos eram depositados nas contas de empresas de fachada.
Com a ajuda de corretoras falsas ou criadas em nome de laranjas, os golpistas compravam debêntures inexistentes. Nestas ações, pelo menos 15 empresas perderam entre R$ 30 mil e R$ 188 mil cada.
A captura de J.D.J. ocorreu no dia 15 de dezembro de 2010, em uma operação conduzida pela Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Santa Catarina, com o apoio da Polícia Militar.
Cabe salientar que a decisão da condenação nos Estados Unidos foi divulgada por Audrey Strauss, procuradora federal para o Distrito Sul de Nova Iorque, e Philip R. Bartlett, Inspetor Responsável do escritório nova-iorquino do Departamento de Serviço de Inspeção Postal dos EUA.
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