Por: Willian Schutz
Conforme definido pela Secretaria de Educação de Palhoça e pela Secretaria de Estado da Educação, as aulas presenciais devem retornar entre os dias 17 (escolas municipais) e 18 (rede estadual) de fevereiro, em todas as escolas de Palhoça. E para que essa retomada atenda aos estudantes da melhor maneira possível, as instituições de ensino estão se preparando.
De portas fechadas para os alunos desde março do ano passado, por conta da pandemia, as escolas precisarão seguir todas as medidas necessárias para evitar maior proliferação da Covid-19. Além disso, algumas melhorias estruturais estão sendo finalizadas.
Entre as determinações, estão: organizar a disposição das salas para que haja o distanciamento seguro de 1m50 entre os alunos e operar com 50% de ocupação em cada classe. Também em função da pandemia, foi providenciada a testagem dos professores para levantamento epidemiológico. Os testes dos educadores começaram no início do mês de fevereiro e terminam dia 16, antes do início do ano letivo.
Os professores também estão passando por um processo de capacitação durante esta semana. A capacitação iniciou na terça-feira (9) e finaliza nesta quinta-feira (10).
Modelo híbrido
Os planos para a reabertura são frutos de conversas entre as instituições de ensino, os órgãos da educação e os responsáveis pelos estudantes. Conforme descrito pela Secretaria Municipal da Educação, para este momento “o currículo escolar prevê atividades híbridas, permitindo o retorno de crianças e adolescentes às salas de aula, na forma presencial, seguindo rigorosas regras sanitárias, ou buscando o caminho da interação de forma remota”. Essa opção poderá ser adotada a critério dos pais ou responsáveis.
Além do que é determinado pelo distanciamento social, há alternativas para as escolas e pais que não conseguirem adequar todos os estudantes nas salas de aula. A secretária de Educação, Shirley Nobre Scharf, declarou que, “pela manutenção do distanciamento, se uma turma somar mais alunos do que a capacidade da sala, então serão criados dois grupos”. “A orientação é que numa semana um grupo participe das atividades presenciais e na outra a segunda turma permanece na sala. O grupo que não estiver na sala participará das atividades de forma remota”, explica.
Morador do Albardão, Inácio tem filhos matriculados na Escola Reunida Municipal Albardão. Ele reforça que “existe um plano, que começou a ser discutido ano passado com os pais, para saber se concordam com as aulas presenciais”. “Todos os pais de alunos na escola têm que responder um questionário antes do dia 17, para decidirem se escolherão o presencial”, informa o pai.
Inácio completa dizendo que, pelo que ele testemunhou, a escola “está preparada em todas as questões, e segue sempre em contato com os pais para que todos juntos possam fazer o melhor para as crianças”.
Estrutura
Somando-se com a questão da pandemia, outro aspecto relevante é a preparação das estruturas. Em julho do ano passado, 16 escolas municipais foram atingidas pelas fortes rajadas de vento do chamado “ciclone-bomba”. E as tempestades do final de janeiro também provocaram estragos.
Segundo a secretária de Educação de Palhoça, Shirley Nobre Scharf, as escolas estarão prontas para receber os alunos. Neste momento, nove equipes trabalham nos últimos reparos necessários nas escolas municipais.
No dia 7 de fevereiro, o prefeito Eduardo Freccia destacou pelas redes sociais que o retorno das atividades escolares presenciais está ganhando um tratamento especial e que obras estão sendo realizadas nos locais. “Os serviços se estendem também às escolas municipais, que estão recebendo todo o tratamento especial para o retorno das aulas”, destaca o prefeito na publicação, que teve imagens dos trabalhos que estão sendo realizados.
Segundo o diretor do Centro de Educação Infantil do Caic, João Carlos Bernardes, está tudo confirmado para a reabertura e do início das aulas no dia 17, no período vespertino. “Estamos correndo bastante para deixar tudo ajeitado”, relata.
O Caic, que fica no bairro Passa Vinte, foi alvo de furto e vandalismo no dia 1º de fevereiro. Sobre isso, o diretor diz que os preparativos serão mais trabalhosos. “Por causa daquilo, dos computadores e dos cabos que foram roubados. Mas a Prefeitura já está sanando, consertando”, garante.
Com relação às escolas estaduais, a Secretaria Estadual de Educação (SED) informa que a Coordenadoria Regional de Educação da Grande Florianópolis atende um total de 113 escolas em 13 municípios diferentes. Como a demanda é grande, a empresa que faz as manutenções está atendendo os casos mais graves, prioritariamente.
“A SED tem feito reuniões periódicas com a empresa para solicitar mais agilidade nas obras. Inclusive, já notificou a empresa sobre o atraso no contrato. Além disso, houve dificuldades com insumos de construção civil que estão afetando todo o mercado. Enquanto isso, a SED trabalha na elaboração de outro contrato de manutenção para atender as demandas das escolas de forma mais rápida”, detalha a secretaria, em nota encaminhada ao Palhocense.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
Quer participar do grupo de WhatsApp do Palhocense?