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Entidades classistas querem evitar lockdown total

Dirigentes demonstram apoio a medidas restritivas de combate à Covid-19 que não impliquem em fechamento de atividades

aae10d942c6e09963191fc497566aa07.jpg Foto: DIVULGAÇÃO

Entidades catarinenses manifestaram apoio, no sábado (27), às medidas de enfrentamento à Covid-19 adotadas pelo governo do estado. Representantes de diversos segmentos econômicos defenderam as determinações do Decreto 1.172, que suspende o funcionamento de serviços não essenciais das 23h de sexta-feira até as 6h de segunda-feira, no último final de semana e no próximo.

As entidades destacaram que o setor produtivo tem adotado, desde o início da pandemia, todos os cuidados e protocolos de proteção da saúde. O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) manifestou seu apoio às medidas restritivas previstas nos dois decretos do governo do estado. O Cofem defendeu, em nota, que, “com a devida observância dos protocolos sanitários, a segurança dos trabalhadores é garantida e que a adoção de um lockdown completo não é a melhor resposta para enfrentar o agravamento da pandemia”.

O conselho é composto pelas Federações das Indústrias (Fiesc), do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (Faesc), dos Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (Facisc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), além do Sebrae-SC. “A vida está sempre em primeiro lugar. Não há contradição entre a manutenção da atividade fabril e a proteção à saúde das pessoas. Os profissionais estão seguros dentro das fábricas, pois os protocolos são rigorosos e seguidos à risca. A indústria está comprometida com a sociedade e desde o início da crise desenvolveu inúmeras ações de apoio”, disse o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

Ele também lembrou que a atividade industrial faz parte de uma cadeia essencial, e, por isso, sua interrupção teria graves consequências, inclusive para produção de alimentos, bebidas, embalagens e outros itens necessários ao enfrentamento da pandemia.

Para o presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Sérgio Rodrigues Alves, é necessário primeiro avaliar os resultados alcançados com o decreto em vigor. “Vamos aguardar os resultados do atual decreto para depois, caso não tenha surtido efeito desejado, adotar medidas mais duras”, reflete. Na sexta-feira (26), a Facisc emitiu um comunicado apoiando o decreto do Governo do Estado. A entidade congrega 148 associações empresariais e mais de 34 mil empresas em Santa Catarina.

A Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) também reiterou apoio ao posicionamento do Governo do Estado. Em nota, a Federação aprova as restrições nos fins de semana, por considerar o período com maior número de aglomerações clandestinas. “A contaminação não vem só de quem trabalha, aliás quem trabalha gera economia para o custeio das atividades do Estado. Creditamos o maior contágio ao convívio social indiscriminado e irresponsável”, declara o texto.

O presidente da Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina (Fhoresc), Estanislau Emílio Bresolin, reforçou, em ofício, que "para combater os efeitos da pandemia da Covid-19, é necessário permitir que empresas e trabalhadores voltem a produzir recursos necessários à própria sobrevivência, como também para gerar tributos que permitirão ao Estado enfrentar de maneira adequada a crise".

A Associação Empresarial de Palhoça (Acip) reconheceu a gravidade da crise pela qual a saúde passa neste momento. No entanto, acredita que o momento exige sobretudo, conscientização por parte da população. “Empresa aberta não é porta de entrada do vírus, é garantia de preservação de empregos e de renda, proporcionando equilíbrio social e a perspectiva de um novo momento para o futuro de todas as famílias”, afirma o presidente da associação, Ivan Cadore.



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