Em nosso mergulho cada vez mais profundo na era digital, o Palavra Palhocense deu início, neste mês de março, a uma atuação diferenciada na internet. Uma das novidades é a criação de programas em formato de vídeo, e a estreia não poderia ser com outro projeto: o Memória Palhocense, que se transformou na memória viva de Palhoça e mexe com as lembranças da população nas redes sociais e nas bibliotecas, agora ganha sua “versão digital”.
“Entre os projetos que nós desenvolvemos hoje, o ‘Memória Palhocense’ é um dos que mais nos inspira, porque está muito alinhado com nossa missão enquanto jornal, já com três décadas de história na cidade”, argumenta o editor-chefe do Palavra Palhocense, Alexandre João Bonfim da Silva. “Ser tutor, hoje, do maior acervo fotográfico da cidade é uma reponsabilidade muito grande que nós queremos compartilhar, através não só das postagens de fotos ou da publicação de livros, como fizemos no ano passado, mas também através de um programa documental, que vai ao ar a cada 15 dias, trazendo as vozes do passado, de uma Palhoça que não existe mais, mas que precisa ser revelada para os que aqui nasceram e os que aqui decidiram viver”, acrescenta.
O primeiro episódio do Memória Palhocense vai ao ar nas pelo facebook.com/Palhocense no dia 17 de março, às 20h. Vamos relembrar a história do Clube 7 de Setembro, um dos grandes ícones da sociedade palhocense. No palco da sede atual, o fundador do Palhocense, João José da Silva, conversa com três pessoas que fizeram parte da história do clube: José Wilson Pires, presidente em 1978; Orildo Silveira (Cabeção), fotógrafo que se habituou a registrar os alguns dos melhores momentos do clube; e Maria de Lourdes Silveira Zacchi (Lurdinha), que comandou o clube ao lado do esposo, Luiz Carlos Zacchi, entre 1997 e 1998. Lurdinha, Pires, João e Cabeção conversaram de forma descontraída e relembraram muitas histórias, como os bailes de Carnaval e debutantes; a dificuldade em “entrar” no clube; e a implacável vigilância do folclórico Cândido Costa (Coca). “Foi legal, principalmente porque participou do programa comigo um dos presidentes da minha época, de quando eu era jovem e participava do Clube 7, ia na boate. O Pires me deixava entrar, e não era fácil, porque o pessoal dos bairros tinha que ser apresentado por sócios pra poder entrar. Só em estar lá e relembrar como era o Clube 7 foi maravilhoso”, comenta João. “Eu acho que o primeiro episódio do Memória Palhocense veio para resgatar um pouco da história do município, uma história feliz, alegre, de muitas consagrações, muitos namoros, muitos relacionamentos que foram se desenvolvendo nos eventos do Clube 7. Eu acho que foi um momento de muita importância para a nossa sociedade, que ainda vive, que está viva e de pé”, declara Cabeção.