Por: Willian Schütz*
Morador do bairro São Sebastião, seu Lindomar Martins da Silva é conhecido e querido por muitos frequentadores do ginásio Palhoção, no Centro. O administrador do barzinho situado no centro esportivo é pai de duas crianças adotadas: os gêmeos Antônio e Beatriz. Os filhos são saudáveis, porém, a menina tem dificuldades para caminhar. E como a família mora no segundo piso de uma casa conjugada, amigos se mobilizaram para a construção de um elevador especial para a criança.
Beatriz teve complicações no parto, quando lhe faltou oxigênio. Hoje, 10 anos depois, ela apresenta dificuldades para caminhar. Como a parte de baixo da casa é habitada por outros familiares, a menina era carregada para conseguir chegar ao seu quarto. “Ela está crescendo e eu e a minha esposa já estamos com uma idade avançada para subir a escada na minha casa, nós estamos cansados. A Beatriz tem dez anos e faz fisioterapia quase todos os dias e hidroterapia, ou seja, estamos fazendo o possível para ela andar. O importante é que ela e ele, os dois irmãozinhos, têm a gente, e nós temos eles, que são dois amores”, relata o esforçado pai adotivo.
Conhecedores dessa história, os membros do Clube dos 14, que jogam bola semanalmente no ginásio do Palhoção, mobilizaram-se com a ideia de construir um elevador que auxiliasse o dia a dia da pequena Beatriz e seu grupo familiar. “Nós todos ajudamos por mais ou menos seis meses, indo lá sempre que podíamos, para finalmente deixar pronto esse elevador. Trabalhamos bastante nisso, até porque ela está ficando grande, crescendo, e com o tempo ficaria mais difícil subir. É muito bom fazer uma ação assim, para ajudar as pessoas”, conta Fabian Zacchi, um dos amigos que colaboraram.
A missão de fabricar um elevador profissional e seguro ficou a cargo da empresa Eletroferro Sistema de Segurança e Serralheria, fruto da sociedade entre Adair Reig e sua esposa, Juliana Gonçalves. “Tivemos conhecimento da situação da família através de dois amigos nossos, o Fabian do Detran e o Jonas dos Bombeiros. Conversamos e entramos em concordância de que seria bem legal ajudar, que a posição deles em adotar as crianças mostrava ser uma família muito boa. Sempre que podemos, nós nos colocamos no lugar das outras pessoas. Não temos muito, mas fazemos o que podemos para ajudar”, introduz Juliana.
A ajuda que a empresa deu foi grande, fazendo o trabalho quase sem custos. “Com a ideia de facilitar um pouquinho o dia a dia deles, esse elevador foi fabricado com muito amor e esperança de ajudar um pouco essa família, que merece. Entramos com a mão de obra, a fabricação, a pintura eletrostática e a instalação do elevador automatizado”, pontua a sócia da Eletroferro.
A instalação do elevador acaba de ser concluída e a inauguração simbólica deve ocorrer no sábado (30), reunindo as pessoas que colaboraram.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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