956139c7380452c7edfeb4cfea23250d.jpg Inscrições abertas para cursos de ensino médio técnico no Ifsc

5d57aee5a81224d6ad56f273f6103f7b.jpg Campus Palhoça Bilíngue recebe Comenda do Legislativo Catarinense

cfd638a5cc2da9c1cb53cf05e8755dd6.jpg Obra viária deve melhorar fluxo do trânsito na saída do Jardim Eldorado

00e5855bff90cab256a62f0c124a2a7f.jpeg Prefeitura promove reunião de alinhamento da Operação Verão

a444c72bf02bf6d7440f2a87e91ca3e7.png Acip promove encontro para tratar do cenário fiscal e tributário

f88bab739dd6751f466178030bbd267f.jpeg Monique Cardoso, a empreendedora de Palhoça na área da saúde capilar

5122060c56b3b610ad1449104c3172f3.jpeg Festa da vitória de Eduardo Freccia reúne 3 mil apoiadores

079b14aaba8a63d8ff78700e9ebcafc4.jpg Palhoça recebe maior festival de cultura pop a céu aberto da região

c1ce1312bf756b7b16aa7d42a5d97e56.jpeg Jorginho do Império integra agenda de atrações do ViaCatarina

9d943f022045f4b0f866d832b66f03bf.jpeg Jogos Escolares de Palhoça encerram com participação de 31 escolas

d4dd8eca14c950d508336c85ee5b9039.jpeg Jovem de Palhoça conquista medalha nos Jogos da Juventude Caixa

ee05e058856a08c8d6de3d64e4e969b8.jpeg Programa Educa+Esporte realiza capacitação de basquetebol

6c8ea95c8d3178d84e72de169f612fd2.jpeg Palhoça terá equipe na badalada estreia do surfe nos Jasc

0a89397242042586eb759db06068e2a0.jpeg Atleta de Palhoça integra equipe brasileira de tiro com arco no Oriente Médio

É tempo de ajudar a divulgar a magia

Escritora Urda Alice Klueger faz campanha na internet para financiar a impressão de seu novo livro, “No Tempo da Magia”

9006d9cffa58fa2b3ec49bfd60f912db.JPG Foto: NORBERTO MACHADO

Como vivemos tempos bem distantes da magia literária, a historiadora e escritora Urda Alice Klueger precisou lançar uma campanha de cow funding na internet para financiar a impressão do seu novo livro, o romance “No Tempo da Magia” (acesse o link catarse.me/notempodamagia e veja como colaborar). Quando a tinta imprimir suas ideias em mais um bloco mágico de papel, a autora estará contabilizando 25 obras publicadas, e mais de 700 crônicas – algumas delas, o leitor pôde acompanhar nas páginas do Palhocense, na seção Encontos&Desencrônicas.

Hoje, Urda também é uma “palhocense”. Nasceu e cresceu em Blumenau, mas como mora em Palhoça há quase dois anos, já se considera palhocense. No livro, é identificada como uma “cidadã da América Latina que nasceu e vive em Santa Catarina”. “Para não dar briga”, diverte-se.

O novo lar, em Palhoça, não foi escolhido ao acaso. Sempre que passava pela BR-101, a historiadora não resistia à tentação de descer até a Enseada de Brito, um paraíso de belas paisagens que realmente seduz os olhares incautos de quem trafega pela rodovia. Uma piscadela e pronto, amor à primeira vista! Resolveu morar ali, em um recanto escolhido em um cantinho reservado no Canto da Enseada, em novembro de 2016. “Vivo com a sensação de estar acampada”, deleita-se.

E foi lá, imersa em um quintal, cercada de frutas, tubérculos, flores, e confortada pela companhia de três cachorros e dois gatos, que ela concluiu “No Tempo da Magia”. “Este livro como que ‘pulou’ no meu pescoço, e eu escrevi. Como se estivesse há muito tempo querendo vir, e não havia como não escrever”, revela a autora. “É uma coisa muito simples: é a história de um homem, uma mulher, um menino e um passarinho. Com um homem, uma mulher, um menino e um passarinho, você pode fazer acontecer qualquer coisa”, explica. 

A capa foi feita “sob encomenda”. Meninas cultivam orquídeas e colhem bebês. Um cenário rico em simbolismos. Urda conta que cada observador costuma interpretar o que vê – e o que lê – de uma forma bem particular. “Cada pessoa que lê, vê uma coisa diferente. Cada um adapta para uma realidade diferente. A minha visão é a de que tudo é possível, acho que a ideia é essa”, relata.

No site em que está “passando o chapéu”, já arrecadou R$ 3.935, fruto da solidariedade de 36 pessoas. O custo total da obra foi orçado em R$ 7 mil. “Estou aqui como uma pedinte, de joelhos, mãos postas, pedindo ao universo que você venha a gostar dele do jeito que eu gostei de escrevê-lo. Tomara que dê certo. É tempo de magia”, retrata, na descrição da campanha na internet. As doações será recebidas até o dia 7 de abril. Há várias formas de doar, inclusive com a possibilidade de receber exemplares de livros da autora.

 

Sobre a autora

Urda nasceu em Blumenau (SC), em 1952. É imortal da Academia Catarinense de Letras e autora de 24 obras publicadas. Entre elas, “Verde Vale” (1979), que já está na 14ª edição.

 

Trecho do livro

Uma vez ou outra não se descansava assim à tarde porque não houvera pesca pela manhã, notadamente em ocasiões de certos ventos que impediam a navegação. Foi numa dessas ocasiões que Enchanter, com tempo sobrando, saiu andando por aqui e por ali, e lá longe, em distante banhado, dentro de um círculo de nenúfares, numa área com milhares de pés de lírio do brejo que deixavam o ar espesso de tanto aroma, encontrou Laila, que se banhava na água do solo e no perfume dos lírios. Ficou a olhá-la, fascinado, e quando ela o viu e ficou acanhada, ele sorriu o seu mais bonito sorriso para transmitir confiança a ela. Ficou na terra firme, sentado dentre os lírios do brejo, esperando que ela saísse da água, e ela envolveu-se num bordado pano indiano quase diáfano, o que fez com que ele pensasse que ela era uma hippie retardatária, e se escapou por entre o arvoredo contíguo. Ele entendeu o acanhamento dela e permaneceu aonde estava, mas a imagem dela, assim dentre os nenúfares, naquele lugar de denso perfume, passou a ocupar o pensamento dele, dali por diante, e ele já não dormia com a mesma tranquilidade, à sombra dos barcos, nas tardes de repouso. Acordava logo, caminhava até àquela região de brejos, espiava aqui e ali para ver se a encontrava e muitas vezes o fez. Então, sempre sorria o mais lindo sorriso e esperava, e ela se ia embora trêmula de enleio, porque também andava ali naquele lugar à procura dele. 

Um dia ele a seguiu até à porta de treliça de madeira cor de rosa, toda trançada de baraços floridos de flores de cera da mesma cor, que fechava a entrada de uma caverna – então era dali que ela vinha! Talvez fosse aparentada com as fadas ou com as anjas, pensou ele, e com o coração aos pulos bateu palmas e esperou.

Uma fresta da porta foi aberta e ela espiou dentre os baraços floridos, e então ele chegou mais perto e, sem dizer nada, segurou a mão dela, abriu de todo a porta e entrou.



Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ea73bab336bac715f3185463fd7ccc14.jpg