A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) divulgou um comunicado informando que todos os moradores de Santa Catarina com idade entre 9 meses e 59 anos devem tomar a vacina contra a febre amarela. As pessoas com mais de 60 anos também devem ser imunizadas, desde que sejam avaliadas pelo serviço de saúde para identificar se possuem alguma contraindicação.
A medida é preventiva e foi recomendada pelo Ministério da Saúde (MS) com o objetivo de antecipar a proteção contra a doença para toda a população em caso de aumento da área de circulação do vírus. Antes, 162 municípios catarinenses já integravam a área de recomendação de vacinação (ACRV) contra febre amarela. Palhoça não estava entre eles, já que não há nenhum caso confirmado e nem suspeito no município.
Porém, como a recomendação passou a ser pela vacinação no estado inteiro, Palhoça também entra na ação de ampliação da vacinação contra a febre amarela. Essa ampliação (para os municípios que não faziam parte da lista inicial de 162 cidades) está sendo realizada de forma gradativa, em seis etapas. A ampliação foi dividida por áreas geográficas e leva em consideração o corredor ecológico de circulação viral e a população. Palhoça fará parte da quinta etapa, que será iniciada em janeiro do ano que vem, quando a vacina passará a ser oferecida nas unidades de saúde; até lá, a vacinação continua ocorrendo nas unidades de referência, para evitar a perda de doses – após abertura do frasco, a utilização da vacina deve ocorrer em até, no máximo, seis horas. A previsão é a de que mais de 3 milhões de pessoas sejam vacinadas em Santa Catarina contra a febre amarela.
Em todo o estado, segundo o último boletim da Dive/SC, entre 1 janeiro a 21 de setembro de 2018 foram notificados 53 casos suspeitos de febre amarela. Desses, apenas um foi confirmado após exames laboratoriais; 52 foram descartados. O caso confirmado de febre amarela é de um residente do município de Gaspar, com histórico de viagem para o município de Mairiporã (SP), o que caracteriza como sendo um “caso importado”. Como a única forma de evitar a febre amarela é através da vacinação, a Dive/SC optou por ampliar a recomendação em Santa Catarina, como uma medida de precaução.