O projeto Gestores Escolares em Movimento do Arranjo de Desenvolvimento da Educação da Grande Florianópolis (ADE GranFpolis) retomou as atividades com os diretores das escolas e profissionais da educação do território. Em quatro encontros virtuais, realizados em dois dias, os educadores debateram o processo de acolhimento no retorno às atividades escolares presenciais. Cerca de 390 profissionais participaram dos encontros, que contaram ainda com a participação de psicólogas.
Quando e como será o retorno às atividades nas escolas são questionamentos feitos por profissionais da Educação, pais e estudantes. Essa foi uma das preocupações apontadas pelos gestores escolares em recente pesquisa realizada pelo ADE GranFpolis. O assunto também é destaque em parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Com base nesses apontamentos, foi definido o tema "acolhimento dos colegas de trabalho, das crianças e suas famílias" como fator importante para o sucesso deste retorno. “O acolhimento será fundamental e terá que ser um processo de cuidado e responsabilidade. Por isso, trouxemos esse assunto para a discussão. Queremos entender um pouco mais o que os diretores estão sentindo, como estão vivenciando toda essa situação e o que esperam das pessoas no retorno ao convívio escolar”, destaca a consultora técnica do Instituto Positivo e do ADE GranFpolis, Gilmara da Silva. “Mais do que nunca, teremos que estabelecer a empatia: o professor ouve a criança; o diretor e os coordenadores ouvem os professores; e a equipe da secretaria da Educação tem que ouvir o diretor, e assim vai. Todos nós vamos ter que externar nosso sentimento e alguém acolher”, ressalta a secretária municipal de Educação de Canelinha, Rosângela Maria Leal Cordeiro.
Para o diretor do Centro Municipal de Educação Ambiental Escola do Mar, de São José, Marcelo Cipriani, a escola não será mais a mesma após a pandemia, principalmente no quesito de conceber a aprendizagem. ”As alterações se darão no acompanhamento das famílias que, neste momento, estão mais próximas dos estudantes e das escolas, interagindo por grupos de redes sociais e estabelecendo uma comunicação mais direta com a unidade escolar. Uma parceria que é necessária que permaneça e se solidifique em prol dos estudantes”, evidencia.
Serão inúmeros os desafios e os encontros realizados mostraram preocupação, mas também muita força de vontade por parte dos diretores de fazerem o melhor para os estudantes e profissionais da Educação. “Sobre o conteúdo, ele será focado no momento certo. O que precisamos pensar agora é manter todos bem e em segurança”, explica Gilmara.
Segundo a assistente educacional da GranFpolis, Bianca Silveira, os encontros puderam oferecer uma reflexão acerca do contexto. “Recebemos diariamente muitas informações que, por vezes, geram angústias e incertezas sobre o retorno da educação presencial e de que forma devemos receber e orientar os alunos e colegas de trabalho. Este encontro com os gestores municipais foi de extrema importância. Pudemos refletir sobre o enfrentamento, a superação da Educação com muita troca de experiências entre os municípios da região da Grande Florianópolis, o que fortalece e tranquiliza muitas angústias enfrentadas por esses educadores”, finaliza.
O projeto terá outros três encontros previstos para os próximos meses. Paralelo a este trabalho, em uma ação colaborativa entre o Arranjo de Desenvolvimento da Educação da Grande Florianópolis (ADE GranFpolis) e o Arranjo do Colegiado de Gestão em Educação da Região da Foz do Rio Itajaí (CoGemfri), está sendo elaborado um protocolo de saúde mental para as escolas utilizarem no retorno das aulas presenciais. Grupos de trabalho realizam a coleta de práticas já realizadas, novas ideias e sugestões.
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