A deputada Dirce Heiderscheidt (MDB) acompanha a discussão da reforma política que tramita no Congresso Nacional, em Brasília. A parlamentar, que é presidente estadual do MDB Mulher e vice-presidente nacional do segmento, defende que as mudanças garantam mais representatividade nas Casas Legislativas e não retirem direitos já adquiridos.
Entre as propostas, estão a possibilidade de garantir um percentual mínimo de mulheres nas Assembleias Legislativas e na Câmara dos Deputados. A proposta, aprovada no início deste mês pelo Senado, obriga que, nas eleições de 2022 e 2024, 18% das vagas sejam ocupadas por elas. Esse número cresceria para 20%, nas eleições de 2026 e 2028; 22%, nas eleições de 2030 e 2032; 26%, nas eleições de 2034 e de 2036; chegando a 30% nas eleições de 2038 e 2040. “Esses 30% que queremos alcançar é a média mundial. Estamos longe disso, ainda. Na Alesc, somos 15%, e na Câmara dos Deputados, pouco mais de 10%. Essas mudanças vão garantir que mude a cara dos nossos parlamentos. Assim, vamos quebrar preconceitos e conquistar ainda mais espaços”, defendeu Dirce.
A proposta também garante recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e do Fundo Partidário para as candidaturas proporcionais femininas. Os partidos deverão aplicar o mínimo de 30% do valor recebido para as candidaturas proporcionais femininas, a serem repartidos entre mulheres negras e brancas, na proporção das candidaturas apresentadas pelo partido ou coligação. “As mulheres não querem mais cumprir uma cota. Nós queremos ser protagonistas. O que eu mais ouço nas minhas andanças por toda Santa Catarina, convidando as mulheres a participarem, é que elas querem participar para ganhar. Disputar de verdade. Nós temos pautas, bandeiras que queremos defender. Já foi o tempo das candidatas laranja”, concluiu a deputada.
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